Fundador do LimeWire original não gostou do retorno da plataforma com NFTs

Mark Gorton, criador do LimeWire, disse que nunca ouviu falar sobre o retorno da plataforma e que não gostou de ver outras pessoas usando o nome do site para vender NFTs

Murilo Tunholi
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LimeWire está voltando como um mercado de NFTs (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

O LimeWire — plataforma de compartilhamento de arquivos que ficou popular nos anos 2000 — vai retornar como um mercado de NFTs. Entretanto, o criador do serviço original, Mark Gorton, não gostou nem um pouco dessa ideia. Gorton, inclusive, nem sequer sabia que um novo aplicativo estava sendo desenvolvido por outras pessoas até pouco tempo atrás.

A revelação do “LireWire de NFTs” aconteceu na semana passada. Essa plataforma reformulada é de autoria dos irmãos Julian e Paul Zehetmayr — donos de outras empresas como Eversign, Currencylayer e Stack Holdings. Os irmãos, porém, não estavam por trás da criação do LimeWire dos anos 2000.

Mark Gorton foi quem idealizou a plataforma original de compartilhamento de arquivos em P2P, e ele só soube do retorno do LimeWire por causa das notícias publicadas em 9 de março deste ano. Ao TorrentFreak, Gorton disse não conhecer o projeto envolvendo NFTs, nem estava animado com o retorno do aplicativo.

“Não fui abordado sobre este projeto com NFTs, nem ouvi falar dele até o anúncio público. Não estou animado com um grupo de pessoas estranhas usando o nome LimeWire. Usar o nome LimeWire dessa maneira cria confusão e usa falsamente a marca que criamos para fins para os quais nunca foi planejado”.

Mark Gorton.

Vale mencionar que, ao anunciarem o retorno do LimeWire como um comércio de NFTs, os irmãos Zehetmayr afirmaram querer aproveitar a fama do aplicativo construída nos anos 2000 para retornar ao mercado de maneira legalizada e voltar a fazer sucesso a partir disso.

LimeWire não pertencia mais a Gorton há anos

Apesar de Gorton estar insatisfeito com o uso da marca LimeWire por outras pessoas, ele não tem como recorrer à Justiça para impedir a estreia do novo aplicativo. Isso porque o registro do nome está expirado e não pertence mais a Gorton há anos.

Quando estava próximo de vencer, o registro da marca foi oferecido a um dos desenvolvedores do LimeWire original, Zlatin Balevsky. Em seguida, Balevsky criou sua própria plataforma de compartilhamento de arquivos — o MuWire — e vendeu o nome LimeWire para Julyan Zehetmayer.

Os irmãos Zehetmayr não precisavam avisar Gorton ou pedir permissão para relançar a plataforma. Eles só compraram o domínio. Agora, com o nome em mãos, os atuais donos do aplicativo querem transformar a ferramenta em um mercado de NFTs voltado para usuários com pouco experiência em criptografia.

Novo LimeWire quer simplificar mercado de NFTs

Com o apoio de artistas famosos para fazer a divulgação, o novo LimeWire promete simplificar o processo de lidar com criptomoedas, oferecendo registro simples, preços convertidos em dólares e opção de pagamento direto no cartão de crédito.

O lançamento da plataforma está programado para acontecer em maio deste ano, mas ainda não há uma data específica.

Com informações: TorrentFreak.

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Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Ex-autor

Jornalista, atua como repórter de videogames e tecnologia desde 2018. Tem experiência em analisar jogos e hardware, assim como em cobrir eventos e torneios de esports. Passou pela Editora Globo (TechTudo), Mosaico (Buscapé/Zoom) e no Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. É apaixonado por gastronomia, informática, música e Pokémon. Já cursou Química, mas pendurou o jaleco para realizar o sonho de trabalhar com games.

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