Em pleno 2023, Spotify quer acesso exclusivo a playlists para quem tem NFTs

NFTs tiveram quedas acentuadas em valor de mercado e volume de vendas ao longo de 2022, e interesse no assunto está em 22% do que era há um ano

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 6 meses
Spotify
Spotify (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Os NFTs perderam grande parte de seu apelo ao longo de 2022, mas ainda tem empresa embarcando nessa onda. A mais nova é o Spotify. Em um teste, a plataforma de música só libera certas playlists para quem possui um token. O experimento também envolve uma banda que só existe no metaverso (tinha que ser).

O teste está disponível apenas nos EUA, Reino Unido, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia. Só usuários de Android podem participar. A Apple tem regras mais restritas para NFTs: eles não podem liberar recursos extras nos apps, como é o caso aqui.

O teste vai durar três meses. As playlists especiais estarão disponíveis para quem tem NFTs das comunidades Fluf, Moonbirds, Kingship e Overlord. Para acessá-las, é preciso conectar sua carteira ao Spotify.

A Kingship é uma banda que só existe no metaverso, aliás. Ela tem contrato com a Universal Music Group.

Em um post no Twitter, o grupo disse que uma playlist criada e controlada por eles só pode ser acessada por quem possui o Kingship Key Card. A seleção musical parece interessante, pelo menos: tem Queen, Missy Elliott, Snoop Dogg e Led Zeppelin.

Interesse por NFTs caiu em 2022

Não é a primeira vez que o Spotify faz testes com os chamados tokens não-fungíveis. No primeiro semestre do ano passado, a empresa realizou um experimento com galerias de NFTs nas páginas de artistas, que poderiam vender os emblemas na OpenSea.

O momento, porém, não é dos melhores. Segundo o Google Trends, o interesse no assunto está em 22% do que era há 12 meses, o menor neste período.

As vendas no terceiro trimestre de 2022 caíram 60% em relação ao segundo trimestre daquele ano. E investimentos caros despencaram: o token Bored Ape chegou a ser negociado por US$ 70 mil em novembro. Em janeiro de 2022, o cantor Justin Bieber comprou um por US$ 1,3 milhão.

Empresas ligadas aos tokens e a criptomoedas estão passando por dificuldades. A Coinbase já demitiu mais de 20% de seus funcionários. Já a FTX faliu, e Sam Bankman-Fried, um dos fundadores da companhia, é acusado de atividade fraudulenta.

Com informações: Mashable, Engadget, TechCrunch, CoinDesk.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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