Homem se declara culpado por fazer Apple trocar 1.493 iPhones falsos
Ele acionava a garantia da Apple, recebia iPhones verdadeiros e os revendia na China; esquema movimentou US$ 895 mil
Ele acionava a garantia da Apple, recebia iPhones verdadeiros e os revendia na China; esquema movimentou US$ 895 mil
O homem julgado por aplicar um golpe na Apple que levou à troca de centenas de iPhones falsos por originais admitiu sua culpa nesta quarta-feira (21). À Justiça de Oregon, nos Estados Unidos, o chinês Quan Jiang confirmou ter participado do contrabando de celulares entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2018.
Nesse período, ele trocou 1.493 iPhones falsos por originais e os revendia na China. No mercado ilegal, cada aparelho custava US$ 600, o que representa um prejuízo de cerca de US$ 895 mil à Apple. O valor só não foi maior porque a empresa se recusou a substituir outros 1.576 celulares enviados por ele.
Para aplicar o golpe, Jiang acionava a garantia da Apple. Com nomes e endereços falsos, ele afirmava que os aparelhos não estavam mais ligando e pedia a substituição. Para garantir um bom atendimento, a empresa oferecia outro aparelho antes mesmo de verificar se o que havia sido recebido era original.
“O envio de um iPhone que não liga é fundamental para perpetuar a fraude de garantia do iPhone, já que o telefone não poderá ser imediatamente examinado ou consertado pelos técnicos da Apple, acionando o processo de substituição do iPhone como parte da política de garantia do produto”, explicou durante a ação o agente de investigações de segurança interna, Thomas Duffy.
Enquanto o golpe ocorria, Jiang recebia vários pacotes com dezenas de aparelhos enviados por parceiros em Hong Kong. Ao receberem os modelos verdadeiros, eles pagavam a mãe do rapaz que, então, transferia o dinheiro ao filho.
A Apple descobriu o esquema em junho de 2017, quando enviou uma ordem para Jiang interromper a prática. O alerta foi enviado a um endereço em Corvallis, próxima a Oregon, de onde saíram 150 pedidos de troca. Sem resposta, a empresa enviou novo comunicado em seguida, mas o contrabando seguiu até 2018.
Jiang terá sua sentença publicada até 28 de agosto. Ele confessou após fazer um acordo com os procuradores, que pedirão prisão de 3 anos, mínimo de US$ 200 mil em multa e a apreensão de seu Mercedez-Benz CLA 250. Caso não admitisse a culpa, ele poderia ser condenado a 10 anos de prisão e multa de R$ 2 milhões.