Huawei pode demitir centenas de funcionários nos EUA em breve
Demissões devem afetar principalmente funcionários da subsidiária Futurewei Technologies
Demissões devem afetar principalmente funcionários da subsidiária Futurewei Technologies
As restrições que a Huawei vem enfrentando nos Estados Unidos podem ter uma consequência grave nos próximos dias: fontes próximas à companhia disseram ao Wall Street Journal que a gigante chinesa está prestes a promover demissões em massa no país. Centenas de postos de trabalho podem ser cortados.
Os problemas começaram em maio, quando a administração Trump incluiu a Huawei na lista de empresas que podem trazer riscos à segurança dos Estados Unidos. Desde então, a companhia chinesa vem sendo impedida de fechar negócios com empresas americanas.
Essas sanções já causam efeitos colaterais. A Huawei estima, por exemplo, que vai diminuir a sua produção em um montante equivalente a US$ 30 bilhões até 2020 se as restrições não forem derrubadas.
Como a companhia não comenta o assunto, não está claro se as supostas demissões são um efeito da necessidade de reduzir gastos ou uma espécie de retaliação (ou os dois).
Por ora, a informação mais destacada é a de que os funcionários da subsidiária Futurewei Technologies serão os mais afetados. Essa unidade de pesquisa da Huawei emprega mais de 850 pessoas em estados como Texas, Califórnia e Washington.
De acordo com as fontes, várias empregados já foram notificados sobre o desligamento e mais demissões devem ser anunciadas em breve. Funcionários chineses que trabalham nas unidades da Huawei nos Estados Unidos teriam recebido a opção de voltar à China.
Talvez ainda haja tempo de salvar esses empregos — ou parte deles: segundo a Reuters, os Estados Unidos devem aprovar licenças para que empresas americanas voltem a negociar com a Huawei nas próximas semanas.
Essa informação condiz com a declaração do presidente Donald Trump no início do mês sobre a possibilidade de a Huawei voltar a fazer negócios com companhias dos Estados Unidos.
Ainda não há informações sobre quais empresas receberão as licenças e para quais produtos. Mas o Secretário de Comércio Wilbur Ross já adiantou que as licenças serão emitidas apenas nas circunstâncias em que não houver ameaça à segurança dos Estados Unidos.