Huawei deve vender Honor por US$ 15 bilhões em dinheiro
Venda da Honor pela Huawei seria uma estratégia para preservar marca diante das restrições comerciais dos EUA
Venda da Honor pela Huawei seria uma estratégia para preservar marca diante das restrições comerciais dos EUA
No mês passado, veio à tona os rumores de que a Huawei Technologies estaria planejando vender a Honor, divisão focada em celulares de custo médio para baixo. Ao que tudo indica, a operação vai ser concluída em breve. A companhia já teria encontrado um comprador e estabelecido o preço para a venda: 100 bilhões de iuanes em dinheiro, montante equivalente a US$ 15 bilhões.
Pelo menos é o que aponta a Reuters. De acordo com o veículo, a Huawei vai vender a Honor para um consórcio liderado pela Digital China — principal distribuidora de dispositivos da Honor — e o governo de Shenzhen, cidade situada no sudeste da China.
Se as informações preliminares estiverem corretas, a Digital China terá participação de quase 15% na Honor. Estaria nos planos da empresa financiar parte da operação com empréstimos bancários. O negócio também deverá ter participação de pelo menos três empresas de investimentos apoiadas pelo governo de Shenzhen, cada uma possuindo de 10% a 15% da companhia.
O negócio incluirá quase todos os ativos da Honor, como marca, centro de pesquisa e desenvolvimento, além do controle da cadeia de suprimentos.
Fala-se ainda que, após o negócio, a Honor tentará manter a maior parte de sua equipe administrativa e mais de 7 mil funcionários, além de abrir capital em até três anos.
Até o momento, nenhuma das partes comentou o possível negócio, mas uma das fontes consultadas pela Reuters explicou que a Huawei deverá anunciar a venda até o próximo domingo.
A Honor surgiu em 2013 e lança, desde então, celulares voltados ao público jovem e a consumidores com orçamento mais restrito. Os aparelhos da marca são comercializados principalmente na China, mas também têm presença significativa no sudeste da Ásia e parte da Europa.
Embora a Honor seja uma marca bem-sucedida, as sanções comerciais aplicadas pelo governo dos Estados Unidos à Huawei têm dificultado o acesso da companhia a tecnologias e serviços de companhias americanas. Em tese, a venda livraria a Honor dessas restrições.