Indústria de eletrônicos aumenta importação de celulares no Brasil
Apesar dos celulares, importações em todo o setor caíram; China aumentou participação como principal origem dos produtos
Apesar dos celulares, importações em todo o setor caíram; China aumentou participação como principal origem dos produtos
A importação de celulares no Brasil movimentou US$ 642 milhões em 2020, o que marca um crescimento de 31% em relação a 2019. Ao mesmo tempo, a exportação dos celulares do país ficou em US$ 16 milhões, resultando em queda de 39%. Os dados foram divulgados pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
Em relatório sobre a balança comercial da indústria eletroeletrônica, a associação indicou a alta na compra de itens de telecomunicações. A importação na categoria, onde os celulares estão incluídos, teve crescimento de 8,4% em 2020, com movimentação de US$ 2,4 bilhões. Enquanto isso, suas exportações caíram 14,4% e fecharam o ano em US$ 251 milhões.
Apesar da alta em telecomunicações, as importações no setor de eletroeletrônico como um todo caiu 6,9% e fechou o ano de 2020 em US$ 29,8 bilhões. A China é a principal origem das importações e aumentou sua participação de 45%, em 2019, para 48%, em 2020. Os demais países da Ásia tiveram leve queda na participação, passando de 27% para 26%.
Segundo a Abinee, vários meses de 2020 registraram queda nas importações do setor em relação ao ano anterior. A situação mudou a partir de novembro, quando elas voltaram a superar o registrado em 2019. O crescimento das importações aconteceu mesmo com a retração por conta da pandemia e da desvalorização do real perante o dólar.
A indústria de eletroeletrônicos registrou queda de 20,5% nas exportações, que terminaram 2020 em US$ 4,5 bilhões. Os principais destinos foram os países da América Latina, que receberam 43% dos nossos produtos, contra 40% em 2019. A participação dos Estados Unidos nas exportações caiu de 30% para 26%.
A Abinee destaca que as exportações do setor iniciaram o ano de 2020 em ritmo mais lento que o do início do ano anterior. Na pandemia, o cenário piorou, levando a taxas de retração mais expressivas nos meses de abril, maio e junho.
O saldo comercial do setor de eletroeletrônicos em 2020 apresentou déficit de US$ 25,35 bilhões. Em 2019, o saldo havia sido de US$ 26,40 bilhões.
Com informações: Abinee.