Intel teria desistido de wearables para se concentrar em realidade aumentada
Troque os números por nomes tecnológicos e, provavelmente, o termo wearable será recorrente nas cartelas de bingo. Mas, apesar de estarem na moda (em alguns casos, literalmente), os wearables não são uma aposta segura para toda a indústria: a Intel, por exemplo, pode estar pulando fora do segmento.
O TechCrunch havia relatado, em novembro do ano passado, que a Intel estava abandonando o navio dos dispositivos vestíveis. Pouco tempo depois, a companhia desmentiu. Agora, é a vez da CNBC fazer a mesma afirmação: fontes próximas à Intel dizem que a companhia está mesmo se distanciando do segmento para priorizar projetos de realidade aumentada.
De acordo com uma das fontes, o processo começou mesmo em novembro de 2016, quando 80% dos funcionários da divisão de wearables foram demitidos. A maioria deles veio da Basis Science, startup especializada em tecnologias vestíveis que a Intel comprou em 2014 por US$ 100 milhões.
Os demais funcionários teriam sido realocados em outros setores da Intel, o que caracterizaria o fim definitivo da divisão de wearables. Porém, na ocasião, a companhia declarou que continuava no segmento, dando como exemplo a sua colaboração com a linha de smartwatches Tag Heuer Connected e com os óculos Oakley Radar Pace.
Até o momento, a Intel não se pronunciou sobre as afirmações mais recentes. Mas a companhia está se preparando para, no dia 27, reportar os ganhos financeiros do segundo trimestre. Na data, talvez a empresa indique os rumos que está tomando com relação às tecnologias vestíveis.
Mas, mesmo que a Intel desminta de novo o abandono da divisão de wearables, é inegável que a área já não é tão interessante para ela. A Intel esperava figurar como um dos nomes fortes do segmento ao lado de Apple e Fitbit (ainda que a situação desta não esteja nada confortável), mas há meses que não faz nenhum anúncio relevante para a área.
É possível que a companhia ainda participe de um projeto ou outro de wearable, principalmente por meio de parcerias. No entanto, com gigantes como Microsoft, Google e Apple se interessando cada vez mais por realidade aumentada, a Intel deverá mesmo priorizar essa área.