James Delivery, rival da Rappi e iFood, demite funcionários em reestruturação
Serviço pertencente ao Grupo Pão de Açúcar passa por mudanças e “movimentação de profissionais” para readequação de estratégia
Serviço pertencente ao Grupo Pão de Açúcar passa por mudanças e “movimentação de profissionais” para readequação de estratégia
Vários funcionários do James Delivery foram demitidos de uma só vez na última segunda-feira (03). A ação marca um processo de reestruturação do serviço, que é rival de grandes nomes, como Rappi, Uber Eats e iFood. O Grupo Pão de Açúcar, responsável pelo James, não informou quantos funcionários foram desligados, mas confirmou que houve uma “movimentação de profissionais” para a readequação de sua estratégia.
Durante a pandemia, o setor de delivery cresceu exponencialmente, deixando aplicativos como Uber Eats, Rappi e iFood ainda mais em evidência. Mas outros nomes menos populares também surfaram nas ondas das entregas, como o James Delivery, que passou a operar em mais cidades e ampliou seu portfólio com mais estabelecimentos parceiros.
Comprada pelo Grupo Pão de Açúcar em 2018, a startup curitibana viu a concorrência explodir em 2020, mas também conseguiu lançar seu próprio serviço de assinatura, o James Prime, que oferece frete grátis e descontos, e registrou mais de 80% de crescimento no número de downloads do aplicativo em março do mesmo ano, chegando a uma base de 2,5 milhões de usuários.
Após um ano de pandemia, no entanto, o crescimento dos rivais começou a fazer efeito. No início de 2021, o GPA decidiu quebrar a exclusividade com o James para oferecer produtos em outros apps: primeiro fechou parceria com a Rappi e depois com a Cornershop/Uber Eats.
Procurado pelo Tecnoblog, o Pão de Açúcar enviou o seguinte comunicado sobre as demissões:
O James esclarece que está passando por uma reestruturação para readequação da estratégia, ampliando o foco de sua atuação em supermercado. O objetivo é trabalhar no desenvolvimento de tecnologia e na experiência dos clientes, otimizando processos e garantindo operações mais rentáveis. Esclarece que as movimentações de profissionais fazem parte desse momento de reestruturação e não têm relação com o desempenho apresentado durante o período em que fizeram parte do James.
De acordo com informações da revista Veja, durante uma reunião com analistas, os executivos do grupo afirmaram que compraram o James com o objetivo de focar no app. Mas que, diante da alta competitividade do mercado, tiveram que rever os planos.
Além disso, em março, o Valor Econômico noticiou que o GPA teria buscado interessados para comprar o James Delivery, apesar de sua performance relativamente boa, tendo ciência de que seriam necessários investimentos contínuos em logística e estrutura para que o negócio escalasse o suficiente. O Grupo Pão de Açúcar não comentou o assunto.