LG pagará R$ 37,5 mi de indenização a funcionários demitidos em Taubaté

LG fecha acordo de indenização a funcionários de Taubaté (SP) devido ao fim da divisão mobile e transferência da produção de PCs

Bruno Gall De Blasi
• Atualizado há 3 anos

A LG fechou um acordo de indenizações aos funcionários demitidos em Taubaté (SP). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) nesta quinta-feira (29), a companhia vai destinar um total de R$ 37,5 milhões aos trabalhadores da fábrica do interior de São Paulo que serão desligados. A proposta também contempla outros pontos, como a extensão do plano médico até janeiro.

Fábrica da LG em Taubaté (Imagem: Reprodução/O Vale)

Fábrica da LG em Taubaté (Imagem: Reprodução/O Vale)

O acordo põe fim a uma greve iniciada em 26 de março. Poucos dias após o começo da paralização, a LG anunciou que vai parar de vender celulares no mundo todo. Depois, a companhia sul-coreana informou a transferência da produção de computadores e monitores de Taubaté (SP) para Manaus (AM). Cerca de 700 dos quase 1.000 postos de trabalho da fábrica ficaram em risco com as mudanças.

Segundo o sindicato, a empresa vai oferecer R$ 37,5 milhões em indenizações. A cifra rende, individualmente, de R$ 12 mil a R$ 73 mil aos funcionários impactados, a depender do tempo de casa e do salário de cada um. Além disso, o valor é 87,5% superior à proposta inicial da companhia, de R$ 20 milhões.

O acordo, que contempla 705 funcionários, ainda alcança outros pontos, como o pagamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR) e a extensão do plano médico até 31 de janeiro de 2022. Os trabalhadores também terão direito a todas as verbas rescisórias e ao seguro-desemprego.

De acordo com o Sindmetau, aproximadamente 300 trabalhadores do call center serão mantidos em Taubaté, no interior de São Paulo.

LG Velvet (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

LG Velvet (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

LG encerra divisão mobile

No começo de abril, a LG informou que deixará de vender celulares no mundo inteiro. A confirmação do fim da divisão mobile aconteceu após o surgimento de rumores sobre o caso e o acúmulo de US$ 3,44 bilhões em prejuízo desde 2015 no setor. O encerramento está previsto para ser concluído até o fim de julho.

Pouco após o anúncio, a LG revelou quais celulares seriam atualizados para as próximas versões do Android. No dia 8, a fabricante chegou a prometer três anos de updates para alguns modelos, como o LG Velvet. Depois, a empresa divulgou uma lista com os smartphones que vão receber o Android 12 e o Android 13.

No mesmo dia em que desistiu do setor de celulares, o Procon-SP notificou a empresa para dar explicações sobre o fim da divisão. O órgão de defesa do consumidor, porém, não ficou satisfeito com as respostas e exigiu um plano para proteger os consumidores.

Com informações: Valor Econômico e Sindmetau

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.