Meta prepara primeira demissão em massa de sua história
Empresa realizará demissão em massa dias após a divulgação do resultado financeiro do terceiro trimestre
Empresa realizará demissão em massa dias após a divulgação do resultado financeiro do terceiro trimestre
A Meta realizará a sua primeira demissão em massa (layoff) nas próximas semanas, de acordo com o The Wall Street Journal (WSJ). O jornal americano afirma que a empresa cortará 10% dos funcionários — bem menos do que os 50% demitidos no Twitter na última sexta-feira. O layoff é esperado há algum tempo e foi “indiretamente” citado por Mark Zuckerberg no fim de outubro.
Durante a apresentação dos resultados financeiros do terceiro trimestre, no dia 26 de outubro, Zuckerberg disse que algumas equipes de Meta passarão por reduções. Entretanto, o CEO da empresa também comentou que outras áreas podem aumentar de tamanho. O WSJ afirma que a Meta comunicará os funcionários nesta quarta-feira
No fim de setembro, a empresa de Zuckerberg anunciou que conta mais 87.000 funcionários — incluindo empregados de fora dos Estados Unidos. Se de fato a Meta demitir 10% dos seus funcionários, serão 8.700 pessoas no olho da rua.
Para compararmos, esse total de funcionários que a Meta demitirá é maior que todo o antigo quadro de empregados do Twitter. Antes do layoff realizado de Musk, a rede social contava com mais 7.500 colaboradores.
Em seus 18 anos de história, a Meta (que começou como Facebook) nunca realizou uma demissão em massa. O WSJ divulgou que a empresa notificará os seus empregados nesta quarta-feira (9), seguindo a legislação da Califórnia e americana sobre layoffs.
De acordo com as leis trabalhistas do estado e do país, uma empresa precisa avisar os seus funcionários sobre demissões em massa com 60 dias de antecedência. O Twitter não fez isso, o que levou ao caso de processo trabalhista.
A primeira vez (demitindo em massa) a gente nunca esquece, mas o caso da Meta é memorável pelos números absolutos e por acontecer em um ano em que as big techs estão perdendo dinheiro (e valor de mercado). Além disso, mesmo que seja debatível que os 50% de demitidos do Twitter seja o “layoff de 2022”, a rede social de Musk deve recontratar alguns dos empregados — aparentemente, houve demissões erradas e de gente vital para os planos do chefão.
Em junho, surgiu a primeira informação de que haveria uma demissão considerável na Meta. Zuckerberg disse em uma assembleia da empresa que “provavelmente tem um monte de gente na companhia que não deveria estar aqui”. Durante a pandemia, a Meta e várias das big techs saíram contratando adoidados — agora chega o momento de reavaliar as escolhas.
Dias antes do anúncio do resultado financeiro da Meta, uma carta aberta de Brad Gerstner, um dos acionistas da empresa, viralizou. Gerstner criticou a guinada de Zuckerberg para o metaverso e indicou três pontos para a Meta recuperar a confiança do mercado. Entre eles, estava demitir 20% dos funcionários.
Gerstner quase teve o seu pedido realizado, mas Zuckerberg seguirá com seu foco pesado em metaverso. E esta divisão inclusive pode ganhar mais funcionários em um futuro próximo.
Com informações: The Wall Street Journal
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