Meta perde US$ 677 bilhões em valor de mercado e afeta fortuna do fundador
Ações da empresa caíram 25% na abertura, atingindo valores abaixo de US$ 100 pela primeira vez em seis anos
Ações da empresa caíram 25% na abertura, atingindo valores abaixo de US$ 100 pela primeira vez em seis anos
A apresentação dos resultados financeiros da Meta no terceiro trimestre, realizada ontem (26), impactou de maneira forte o valor da empresa — e, claro, a fortuna de Mark Zuckerberg. Na abertura da NASDAQ, bolsa de valores americana, as ações da empresa caíram 25%, saindo de US$ 129,87 e chegando a US$ 98,21, o mais baixo desde 2016.
Com essa rasteira, a Meta já acumula uma perda de US$ 677 bilhões em valor de mercado em 2022. Em outubro do ano passado, a empresa valia US$ 868,52 bilhões — hoje atingiu US$ 280,31 bilhões. No momento em que esta notícia é escrita, o valor das ações está “estável” na casa de 100 dólares.
Como todos os bilionários e milionários do mundo (excluindo quem ganhou na mega-sena), a fortuna de Zuckerberg não fica na conta corrente, poupança ou embaixo do colchão. Dito isso, o CEO e fundador da Meta não perdeu, na prática, US$ 100 bilhões, mas viu a sua fortuna desvalorizar todo esse montante.
Outro impacto da derrubada dos preços foi que a Meta saiu do ranking de 20 maiores empresas do mundo em valor de ação. No início do ano, ela estava na sexta posição. Agora, em 26º lugar, a empresa de Zuckerberg está atrás da Chevron, empresa do ramo petrolífero, e Procter & Gamble, dona de marcas como Head & Shoulders e Oral-B.
Na última vez que as ações da Meta ficaram abaixo de US$ 100, a empresa ainda se chamava Facebook. O motivo, na época, é que os valores estavam crescendo e havia uma oscilação.
Apesar de Zuckerberg ter polarizado o metaverso em suas apresentações, não é correto culpar a guinada da Meta para essa tecnologia pelo desempenho das ações.
A apresentação dos resultados financeiros do terceiro trimestre mostraram que a Meta teve queda na receita e no lucro, além de manter o forte investimento nos seus produtos — incluindo, sim, o metaverso. Mas empresas de análise de mercado esperavam o desempenho apresentado.
No cenário de tecnologia, a enorme maioria das marcas estão passando por momentos ruins. A Meta parece pior que as outras, mas ela também está gastando muito mais e espera recuperar o valor quando (se) o metaverso se popularizar. Só que a queda na receita de anúncios está afetando as empresas — e a falta de clique no anúncio pesa no bolso.
Deixando de lado as piadas com Zuckerberg e sua obsessão pelo metaverso, na apresentação de ontem ele apontou um dos motivos do esperado resultado fraco: as mudanças de privacidade no iOS impactaram a receita dos anúncios. E não só a Meta, Google e Snap, que divulgaram seus resultados nesta semana, estão passando pelo mesmo problema.
Quem ainda tem motivos para comemorar entre as big techs é a Apple — mesmo com os problemas do iPhone 14 Plus —, só que a comemoração já foi maior. No início do ano, a empresa da Maçã foi a primeira da história a superar US$ 3 trilhões em valor de mercado. Agora, está em US$ 2,4 trilhões e com ações acima de US$ 140.
Nos próximos dias, mais empresas, incluindo a própria Apple, apresentarão seus resultados do terceiro trimestre de 2022.
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