Microsoft ultrapassa US$ 1.000.000.000.000 em valor de mercado

Microsoft atingiu US$ 1 trilhão após divulgar bons resultados financeiros; Apple e Amazon chegaram antes a esse marco

Felipe Ventura
• Atualizado há 3 anos
Foto por Mike Mozart/Flickr

A Microsoft se juntou a um clube restrito de empresas americanas que ultrapassaram US$ 1 trilhão em valor de mercado: isso ocorreu pela primeira vez na quarta-feira (24) à noite, após a divulgação dos resultados financeiros para o primeiro trimestre, e voltou a acontecer nesta quinta-feira. Apple e Amazon chegaram antes a esse marco, mas atualmente valem menos.

O faturamento da Microsoft vem sendo impulsionado por seus produtos Azure de computação na nuvem. A empresa está em segundo lugar nesse mercado, atrás da Amazon e seu AWS, porém à frente do Google Cloud.

A Apple ultrapassou a barreira de US$ 1 trilhão em agosto de 2018, mas caiu para abaixo desse patamar após as vendas fracas do iPhone; atualmente, ela vale US$ 974 bilhões. A Amazon se juntou ao “clube do trilhão” em setembro, após uma alta em suas ações, mas agora está em US$ 944 bilhões.

Bill Gates é a segunda pessoa mais rica do mundo, com fortuna estimada atualmente entre US$ 101 bilhões e US$ 103 bilhões, segundo as apurações da Forbes e Bloomberg. (O CEO Satya Nadella não está nessas listas.) Jeff Bezos continua no topo com patrimônio de US$ 119 bilhões, já descontadas as ações que ficarão com a ex-esposa Mackenzie Bezos após a finalização do divórcio.

Microsoft aumentou faturamento em seus 3 segmentos

As ações da Microsoft estão em alta de 4% após um bom resultado financeiro no primeiro trimestre: ela teve receita de US$ 30,6 bilhões, aumento de 14% em relação ao ano anterior; e lucro líquido de US$ 8,8 bilhões, alta de 19% no mesmo período.

Seus três principais segmentos tiveram alta na receita e no lucro operacional. A empresa se subdivide em Produtividade e Processos de Negócios (abrangendo Office, SharePoint, Skype e LinkedIn), Nuvem Inteligente (Azure, Windows Server, SQL Server) e Computação Mais Pessoal (Windows, Surface, Xbox, Bing).

A surpresa ficou para o segmento de Computação Mais Pessoal, cujo faturamento aumentou para US$ 10,7 bilhões. A receita do Windows Pro para fabricantes (OEM) cresceu 15%, graças à demanda maior do que a esperada por sistemas comerciais, e à maior disponibilidade de processadores Intel. Enquanto isso, a receita do Windows não-Pro para fabricantes — isto é, o sistema vendido em PCs para consumidores — caiu 1%.

O faturamento com a linha de computadores Surface aumentou para US$ 1,3 bilhão no trimestre, e a receita total de jogos foi de US$ 2,4 bilhões — isso inclui vendas do Xbox One, jogos e assinaturas da Live. Até o Bing rendeu 12% mais dinheiro que no mesmo período do ano passado.

O segmento de Produtividade teve receita de US$ 10,2 bilhões, alta de 14%. A demanda pelo Office continua forte entre consumidores e empresas, especialmente em se tratando de assinaturas do Office 365; e o faturamento do LinkedIn aumentou 27%.

Enquanto isso, a receita de Nuvem Inteligente subiu 22% para US$ 9,7 bilhões. O Azure deu um salto de 73% no primeiro trimestre, se comparado ao ano passado, enquanto os produtos de servidor — incluindo Windows Server e SQL Server — tiveram alta de 7% no faturamento. Isso mostra como a Microsoft se diversificou para além do Windows.

Com informações: The Verge, Ars Technica.

Leia | Qual a diferença entre faturamento, lucro e receita?

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.