MOSS, concorrente chinês do ChatGPT, sai do ar com demanda do primeiro teste público
Na onda de chats de inteligências artificiais, China apresenta o seu chatbot; MOSS saiu do ar e teste público é cancelado
Na onda de chats de inteligências artificiais, China apresenta o seu chatbot; MOSS saiu do ar e teste público é cancelado
O MOSS, inteligência artificial no formato do ChatGPT, foi lançado ontem, segunda-feira, na China. Porém, a sua estreia saiu mais no estilo Google: passando por problemas que mancham a imagem do projeto. No caso do MOSS, não foi erro de informação, mas sim a plataforma que caiu horas após o seu lançamento.
A IA chinesa é um chat conversacional, modelo que está cada vez mais popular graças ao ChatGPT, Bard (Google) e Bing Chat (Microsoft). O MOSS foi desenvolvido pela Universidade de Fudan, uma das principais universidades da China. O chat é a resposta do país asiático para não ficar atrás na tecnologia de inteligências artificiais.
A Universidade de Fudan não esperava que o interesse pelo MOSS fosse tão grande. A IA ficou no ar por quase 12 horas. Devido ao grande volume de acesso, a plataforma foi derrubada — pelo menos não errou como o Bard. Agora, de acordo com a Reuteurs, a universidade optou por bloquear o acesso público ao MOSS.
No lançamento da IA, uma parte dos usuários ganhou acesso imediato ao recurso. Assim como a Microsoft fez com o Bing, outros usuários tiveram que se inscrever em uma lista de espera para ter acesso ao chatbot.
Apesar de só estar disponível na China, o MOSS é uma IA treinada prioritariamente com vocábulos em inglês. Segundo o Gizmochina, a IA possui o conhecimento de mais de 300 bilhões de palavras inglesas. Seu “dicionário” de chinês compreende apenas 30 bilhões de palavras.
A próxima etapa do projeto é expandir o vocabulário do MOSS em chinês. Afinal, seu propósito inicial é ganhar o público de casa. Todavia, ao estrear com um gigantesco conhecimento de inglês, a Universidade de Fudan já prepara o terreno para ter uma IA de pesquisa que compita com os rivais americanas: ChatGPT, Bing Chat e Bard.
Qiu Xipeng, professor líder do projeto, explicou que o MOSS não tem a mesma capacidade do ChatGPT. A IA desenvolvida pela universidade possui menos parâmetros que o produto da OpenAI.
Porém, como suas rivais, o MOSS ainda é uma tecnologia que em evolução — no caso, bem atrás do principal produto do tipo na atualidade. A ideia é que a IA também tenha funcionalidades de fala, desenhos, capacidade de ensinar e auxiliar cientistas em pesquisas.
A origem do nome MOSS vem da franquia de filmes The Wandering Earth, popular saga de ficção científica da China — e com um premissa bem interessante. No universo do filme, MOSS é o nome de uma supercomputador que quer destruir a Terra. Seu objetivo é transformar a estação espacial onde está instalado em uma arca espacial.
Na vida real, o MOSS da Fudan só conseguiu destruir os planos de um testa aberto.
Com informações: Reuteurs, Pandaily e Gizmochina