Motorola tem lucro por 5 trimestres ao lançar mais celulares
Motorola deu prejuízo por anos; brasileiro Sergio Buniac, da divisão mobile da Lenovo, mudou estratégia da fabricante
Motorola deu prejuízo por anos; brasileiro Sergio Buniac, da divisão mobile da Lenovo, mudou estratégia da fabricante
A Motorola registrou lucro por cinco trimestres consecutivos: esta é uma mudança de rumo para a fabricante, que passou anos dando prejuízo — inclusive na época em que pertencia ao Google. O brasileiro Sergio Buniac, presidente global da divisão mobile da Lenovo, adotou a estratégia bem-sucedida de lançar mais celulares em menos tempo.
No quarto trimestre de 2019, a divisão móvel da Lenovo teve lucro de US$ 3 milhões. O volume de vendas na América Latina, seu maior mercado principal, cresceu 23% no período (contra 4,1% da média do mercado).
No entanto, a receita caiu 17% para US$ 1,38 bilhão porque “o desempenho da empresa em outros mercados geográficos enfrentou desafios decorrentes da falta de componentes”. Esse problema ocorreu antes do surto de coronavírus.
A Motorola vinha em uma curva crescente de lucro, como você pode ver no gráfico abaixo (PTI é a sigla em inglês para lucro antes de impostos):
O primeiro trimestre de 2020, no entanto, pode ser desafiador. Além do coronavírus, tivemos também o lançamento do Motorola Razr: esta é a tentativa da empresa de voltar ao segmento premium, mas o aparelho tem alguns problemas e concorre diretamente com o Samsung Galaxy Z Flip, que possui especificações melhores.
O sonho de alguns geeks é uma fabricante de celulares que se concentre em poucos modelos — um básico, um intermediário, um high-end — e traga atualizações do Android o quanto antes. Era assim quando a Motorola pertencia ao Google, por isso há quem sinta saudade dessa época.
No entanto, esse caminho não rende lucro: é um dos motivos pelos quais o Google vendeu a Motorola para a Lenovo em 2014. Desde então, os lançamentos da linha Moto se multiplicaram, mas ainda traziam prejuízo.
A situação melhorou quando Buniac assumiu o comando global da Motorola. Ele mudou de estratégia, encerrando as operações em países que não traziam lucro e focando os esforços na América Latina, EUA e Europa.
Ele também intensificou o ritmo de lançamentos, ao mesmo tempo em que reduziu a variedade de componentes usados nos celulares — por isso eles têm especificações parecidas.
Com informações: Lenovo.
{{ excerpt | truncatewords: 55 }}
{% endif %}