Três anos atrás, a NET lançou uma rede de hotspots Wi-Fi em nove cidades brasileiras. Utilizando pontos de acesso pendurados na infraestrutura dos postes de iluminação, a rede era restrita a lugares de maior movimento e com grandes concentrações de pessoas. Agora, surge uma nova estratégia: a operadora irá criar uma rede adicional nos modens dos próprios clientes para expandir a cobertura.

Access point do Claro/Embratel/NET Wi-Fi: da Cisco e fica nos cabos da NET.
Access point do NET Wi-Fi: antes nos postes, agora na casa dos clientes.

Isso não é novidade no mercado: a Oi firmou parceria da Fon para transformar os modens dos clientes em hotspots. Atualmente, milhões de pontos de acesso estão disponíveis em todo o Brasil, mas há um porém: nessas redes, é utilizada a banda do próprio cliente para viabilizar a conexão.

A promessa da NET é ser um pouco diferente: todo modem terá uma rede adicional com nome #NET-WIFI, com velocidade separada da banda larga contratada e, portanto, sem interferência na conexão do cliente. Ainda assim, o cliente que desejar poderá desativar essa rede Wi-Fi pública sem dificuldade.

Quem for assinante NET com banda larga de pelo menos 5 Mb/s conseguirá acessar essa rede gratuitamente e de forma ilimitada. Clientes com velocidades inferiores ou mesmo de outras operadoras poderão usar o hotspot gratuitamente por 15 minutos, mediante cadastro. Caso queira acesso por mais tempo, é possível comprar pacotes pré-pagos de 2 horas, 1 dia ou 7 dias.

De acordo com o comunicado enviado aos clientes, a inclusão da rede será gradativa e de forma automática nos modens dos clientes. Com boa vontade, a NET pode se tornar a líder em Wi-Fi no Brasil: em fevereiro de 2016, a Anatel registrou que a operadora tinha mais de 8 milhões de clientes, liderando o mercado em acessos com 31,9% de todo o mercado de banda larga.

Uma grande vantagem frente à Oi é a forte presença da NET no estado de São Paulo, onde a rede Oi WiFi cresceu muito pouco nos últimos anos. A GVT havia prometido uma rede similar há algum tempo, mas o projeto nunca evoluiu. Quem sabe isso se torne realidade nas mãos da Vivo?

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Escrito por

Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.