Em teste, Netflix deixa de aceitar assinaturas via iTunes
Teste da Netflix deve durar até 30 de setembro em 33 países (incluindo o Brasil) e, aparentemente, visa impedir divisão de receita com a Apple
Teste da Netflix deve durar até 30 de setembro em 33 países (incluindo o Brasil) e, aparentemente, visa impedir divisão de receita com a Apple
Usuários do iPhone ou iPad têm a opção de assinar a Netflix por meio do iTunes. Mas, em breve, essa conveniência pode deixar de existir: sem fazer alarde, a Netflix começou a testar um meio de conseguir assinaturas na plataforma, mas sem que o pagamento por elas seja feito pelo iTunes. Tudo indica que o objetivo é evitar repasse de valores à Apple.
Ainda que sem entrar em detalhes, a Netflix confirmou os testes ao TechCrunch. Eles vêm sendo realizados desde junho e funcionam assim: até 30 de setembro, novos assinantes ou usuários que tiverem dificuldades para realizar pagamento não poderão concluir o procedimento no iTunes; em vez disso, eles serão direcionados a uma página web da Netflix.
Esses testes são válidos para usuários de 33 países da América Latina, Ásia e Europa. Entre eles estão Argentina, Austrália, Brasil, França, Itália e Japão. Aparentemente, o que a Netflix está tentando descobrir é se esse procedimento vai ser bem aceito ou se levará a um número substancial de desistências.
Pode ter certeza de que a Netflix sabe que esse tal teste pode causar problemas com a Apple. Mas é provável que, para a companhia, a porcentagem descontada por assinaturas via iTunes seja muito alta. Por padrão, a Apple fica com 15% do valor pago pelo usuário (anos atrás, a porcentagem era de 30%).
Mas, para a Netflix, talvez valha a pena arriscar. Como retaliação, a Apple poderia afastar o serviço de seu ecossistema, mas essa decisão certamente deixaria usuários furiosos, o que torna essa opção menos provável.
Também podemos supor que esta é uma forma de a Netflix esfriar as relações com a Apple por conta do serviço de streaming de vídeo que a companhia estaria desenvolvendo. Mas é mais provável que a empresa esteja simplesmente tentando otimizar a sua receita, digamos assim. Um sinal disso vem do fato de, desde maio, a companhia não permitir que usuários façam assinaturas via Google Play.
Com relação à plataforma da Apple, a decisão ainda não foi tomada. Pelo menos até 30 de setembro, a restrição de assinaturas a partir do iTunes continua sendo, para todos os efeitos, apenas um teste.
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