Operadoras regionais dominam 65% da internet fixa em cidades pequenas
Anatel fornece dados sobre banda larga fixa no Brasil; juntos, pequenos provedores são maiores que Claro, Oi, TIM e Vivo
Anatel fornece dados sobre banda larga fixa no Brasil; juntos, pequenos provedores são maiores que Claro, Oi, TIM e Vivo
A Anatel liberou o relatório de acompanhamento do serviço de banda larga fixa, e dados de 2019 mostram que as operadoras regionais atingem 65,8% dos acessos em municípios com menos de 20 mil habitantes. Essas empresas conseguiram conquistar uma demanda reprimida, já que o investimento de rede em cidades menores pode não ser atrativo para as grandes prestadoras. Juntos, os pequenos provedores já são maiores do que a Claro na internet fixa, além de ultrapassarem Oi, Vivo e TIM.
Isolando os municípios com menos de 5 mil habitantes, a participação de mercado dos pequenos provedores é ainda maior, atingindo 74,9%. Considerando todos os municípios do Brasil, o market share das operadoras regionais é de 31,1%.
A evolução de acessos de banda larga fixa no Brasil aponta queda no número de assinaturas das operadoras Oi, Vivo e Sky. A Sky utiliza a tecnologia 4G para fornecer o acesso, enquanto Vivo e Oi usam principalmente cabos metálicos com tecnologia xDSL.
A perda de assinantes ocorre justamente pela ausência de fibra óptica, que entrega maiores velocidades. Embora Oi e Vivo tenham concentrado seus investimentos para a expansão da tecnologia FTTH, o crescimento da nova rede é inferior às desconexões.
Em dezembro de 2019, a Vivo possuía 63,1% dos acessos com cabos metálicos, contra 36,9% de fibra óptica. Já a Oi teve uma discrepância maior, com 70,3% dos acessos em par metálico e 29,4% em fibra.
O grupo Claro conseguiu um discreto acréscimo na base de acessos, com aumento de 0,7% comparado com o ano anterior. Já as prestadoras de pequeno porte cresceram, juntas, em 8,9% no número de assinantes e 7,6 pontos percentuais em participação de mercado.
O relatório também divulga a participação de mercado por faixas de velocidade contratada. Os acessos com mais de 34 Mb/s estão no topo, com 40,7%, seguido pela faixa de 2 Mb/s a 12 Mb/s, com 24,7%.
As conexões entre 12 Mb/s a 34 Mb/s atingem 22,7% do total, enquanto 10,6% utilizam velocidades de 512 kb/s a 2 Mb/s. É inacreditável, mas existem 1,2% de acessos com velocidade de 512 Kb/s ou menos.
O estado com a maior posição no ranking de velocidade média contratada é o Ceará, com 70,26 Mb/s. O último colocado é o Mato Grosso, com 31,3 Mb/s. O estado de São Paulo aparece na 12ª posição, com 54,4 Mb/s.
Com informações: Teletime.