Preços do Magalu no e-commerce ficarão “menos atrativos” do que nas lojas físicas

Diretor da varejista anunciou mudança nos preços em apresentação de resultados financeiros; retomada de imposto para vendas interestaduais é motivo do aumento

Felipe Freitas
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• Atualizado há 9 meses
Magazine Luiza no computador (Imagem: Divulgação)
Magalu terá aumento de preços no seu e-commerce (Imagem: Divulgação)

Frederico Trajano, diretor-presidente do Magalu, informou nesta terça-feira (16) que os preços do e-commerce ficarão “menos atrativos” do que nas lojas físicas. O motivo do aumento nos valores das lojas online é a retomada da cobrança do Difal ICMS, imposto que incide sobre compras interestaduais — quando o comprador está em um estado diferente da origem do produto.

O anúncio do reajuste nos valores foi dado durante a apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre do ano. Desse modo, os preços cobrados no e-commerce podem não ser a melhor opção para os clientes, o que deve levar os consumidores a pesquisar os valores nas lojas físicas. Entre janeiro e março de 2023, as vendas do Magalu chegaram à R$ 15,5 bilhões. O resultado é 10% maior do que no mesmo período do ano passado.

Magalu anuncia mudança gradual nos preços da loja online

De acordo com a assessoria do Magalu, em contato com o Tecnoblog, o repasse do imposto ao consumidor, que elevará os valores dos produtos, é feito de modo parcial. A ideia, segundo a empresa, é que os preços não sofram um aumento “brusco”.

O Difal ICMS é um imposto criado em 2015 para a equilibrar a arrecadação entre compras interestaduais. Antes do imposto, por exemplo, quando um cliente do estado do Rio de Janeiro comprava online um produto de São Paulo, o ICMS (um imposto estadual) só era arrecadado pelo último.

Magazine Luiza (Imagem: Divulgação)
Comprar nas lojas físicas do Magalu pode ficar mais vantajoso (Imagem: Divulgação/Magalu)

No entanto, o transporte também envolve a estrutura pública do Rio de Janeiro, que não recebe o ICMS que incidiu no produto. Por isso foi criado o Difal ICMS. Em 2021, o STF suspendeu a cobrança do imposto, atendendo o pedindo das varejistas de que não havia lei complementar para regular o ICMS. Em janeiro de 2022, foi publicado uma lei regulando a cobrança e que passou a valer neste ano.

Coincidentemente, o anúncio do aumento do preço no e-commerce aconteceu depois de um trimestre recorde para a plataforma. As vendas de parceiros chegaram em R$ 4,4 bilhões, passando o resultado das lojas físicas e mostrando um crescimento de 19,4%.

Com informações: Folha de São Paulo

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Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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