Polícia do Rio de Janeiro vai ampliar uso de reconhecimento facial
Rio de Janeiro terá 140 câmeras para reconhecimento facial em nova fase de testes
Rio de Janeiro terá 140 câmeras para reconhecimento facial em nova fase de testes
Depois de um período inicial de testes que incluiu a região de Copacabana durante o último carnaval, o governo do Rio de Janeiro anunciou a ampliação do uso de câmeras para reconhecimento facial. De acordo com o governador Wilson Witzel (PSC-RJ), o número de câmeras do programa aumentará de 34 para 140 no decorrer dos próximos quatro meses.
Via Twitter, Witzel classificou o primeiro período de testes como um sucesso. Além de Copacabana, a próxima etapa irá incluir câmeras de reconhecimento facial no entorno de lugares como o Aeroporto Santos Dumont e o estádio do Maracanã. “Agora, no Maracanã, quem tem mandado de prisão em aberto, se entrar, não sai”, disse.
Segurança pública é nossa prioridade. O teste do programa de reconhecimento facial foi um sucesso, com 8 mandados de prisão cumpridos em apenas 10 dias. Agora teremos um novo projeto piloto com 140 câmeras espalhadas em locais como o Maracanã e o Santos Dumont. #menosbandidonarua pic.twitter.com/xZmsqE073y
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) March 28, 2019
O governador também afirmou, na mesma mensagem, que oito mandados de prisão foram cumpridos em apenas dez dias graças ao sistema de reconhecimento facial. Witzel se refere principalmente às prisões efetuadas nos testes de carnaval.
Basicamente, o programa funciona enviando as imagens das câmeras em tempo real para uma central instalada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). As imagens são então analisadas com base nos bancos de dados da Polícia Civil e Detran — o sistema também é capaz de fazer leitura de placas veiculares.
Para o coronel Rogério Figueredo de Lacerda, secretário de Estado de Polícia Militar, a expectativa é a de que a nova fase traga mais resultados positivos por conta dos ajustes que foram realizados durante os testes de carnaval. Se o projeto for aprovado na nova fase, deverá servir de referência para uma licitação que tornará o programa fixo e mais abrangente.
Vale frisar que, a despeito das polêmicas sobre privacidade que o assunto levanta, o uso de reconhecimento facial em lugares públicos vem aumentando em várias partes do mundo. O exemplo mais emblemático vem da China: por lá, um sistema do tipo conta com mais de 170 milhões de câmeras espalhadas por todo o país.