Rocinha vai receber R$ 9 milhões para projetos de ciência e tecnologia
Programa Favela Inteligente da Faperj vai auxiliar ações que promovam dinamismo econômico com base em ciência, tecnologia e inovação (C,T&I)
Programa Favela Inteligente da Faperj vai auxiliar ações que promovam dinamismo econômico com base em ciência, tecnologia e inovação (C,T&I)
A Faperj anunciou, nesta quinta-feira (16), a primeira edição do Programa Favela Inteligente. O projeto piloto tem como objetivo oferecer apoio a iniciativas de instituições que promovam dinamismo econômico em ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) na Rocinha, no Rio de Janeiro. Ao todo, R$ 9 milhões serão destinados à ação da agência de fomento à pesquisa do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
O programa busca “contribuir com o dinamismo e inovação ao tecido social de comunidades em situação de alta vulnerabilidade” do Rio de Janeiro. Em Apoio às Bases para o Parque de Inovação Social e Sustentável na Rocinha, o projeto é destinado a instituições com ou sem fins lucrativos e pesquisadores que tenham projetos voltados para a região. Ao todo, serão investidos até R$ 500 mil em cada iniciativa aprovada.
A proposta da Faperj é destinada a um ampla gama de segmentos. É o caso de iniciativas que estejam ligadas à inclusão digital e inovação tecnológica, além de vetores de geração de energia verde e de preservação dos recursos naturais. Também há espaço para ações envolvendo combate à violência contra as mulheres e à discriminação, geração de trabalho, cultura, esporte, lazer e muito mais.
Segundo a agência, o termo “favela inteligente” pode ser compreendido como um “território tido como de alta vulnerabilidade” mas que provê oportunidades para compreender os problemas estruturantes locais e encontrar soluções com base em C,T&I:
“Entende-se por ‘favela inteligente’ o território tido como de alta vulnerabilidade que, no entanto, provê efetividade e potência ascendente em compreender problemas estruturantes locais e encontrar soluções criativas, inovativas, com base em C,T&I e, muitas vezes, em articulação com organizações posicionadas como negócios de impacto socioambiental positivo”.
O Programa Favela Inteligente é destinado a dois públicos. Segundo o edital, a Categoria A compreende pessoas físicas ligadas “a organizações formais e ativas, com ou sem fins de lucro, e estabelecidas no Estado do Rio de Janeiro”. Já a Categoria B é voltada para pesquisadores com título de doutor “que estejam formalmente vinculados a IES ou ICTs estabelecidas no Estado do Rio de Janeiro”.
As iniciativas da categoria A têm duração de doze meses e devem estar relacionadas a projetos de extensão universitária, movimentos discentes, organizações não governamentais e empresas. A categoria B, por sua vez, terá até 24 meses para executar pesquisas aplicadas e apurar dados de resultados e impactos de ações promovidas pela categoria A. Nos dois casos, as iniciativas devem ser voltadas para a Rocinha.
O processo de seleção será dividido em etapas. A pré-qualificação, para avaliar currículos, propostas e afins, compreende a primeira fase. Em seguida, será acontecerá a avaliação e mérito e priorização, a etapa comprobatória de regularidade fiscal, jurídica e econômico-financeira e a eliberação pela Diretoria Tecnológica da Faperj.
Confira o cronograma apresentado pelo edital a seguir:
Os interessados podem se inscrever no programa pelo SisFAPERJ: sisfaperj.faperj.br. “A iniciativa está em conformidade com a Lei Estadual 9.131/2020 que instituiu o Plano de Desenvolvimento, Cidadania e Direitos em territórios de favela e demais áreas populares do Estado do RJ”, informaram. Confira mais informações no edital: faperj.br.
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