Serpro usará selfies para autorizar embarques em aeroportos
A ferramenta foi desenvolvida pelo Serpro a pedido do Ministério da Infraestrutura e poderá ser implantada ainda este ano
A ferramenta foi desenvolvida pelo Serpro a pedido do Ministério da Infraestrutura e poderá ser implantada ainda este ano
Uma solução criada pelo Serpro permitirá o embarque em aeroportos sem apresentar documentação em qualquer momento. Batizada de Embarque Seguro, ela usa reconhecimento facial para comparar selfies de passageiros com as fotos armazenadas pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). A ferramenta foi criada para o Ministério da Infraestrutura e deverá ser implantada ainda este ano.
Com a mudança, a responsabilidade de confirmar a identidade de quem está no avião deixaria de ser das companhias aéreas e passaria para o governo federal. O Embarque Seguro deve exigir duas selfies: uma ao ingressar na sala de embarque e outra ao entrar no avião. A ferramenta compara as fotos com as do Denatran, calcula a semelhança entre elas e aponta se a identidade foi confirmada ou não.
De acordo com o Serpro, o objetivo do Embarque Seguro é agilizar a entrada de passageiros nos aviões. A empresa afirma que os aeroportos que adotarem a solução também contarão com dispositivos para pessoas que não têm ou não querem usar o celular também consigam fazer as selfies.
O cartão de embarque terá mudanças que permitirão a validação mesmo em caso de queda de energia ou de internet no aeroporto. Isso será possível com o QR Code Vio, código criado pelo Serpro e que é usado para validar CNH e CRLV.
Ainda segundo o Serpro, a ferramenta permitirá controlar o histórico de viagens de uma pessoa e quem esteve com ela nesses voos. No futuro, ela poderá integrar dados de órgãos como Interpol e Polícia Civil, além de oferecer aos passageiros informações sobre o portão de embarque e o caminho até ele dentro do aeroporto.
O Serpro alega que o uso das imagens armazenadas no Denatran está de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). De acordo com a empresa, essa identificação atende às necessidades de segurança pública e defesa nacional, critérios isentos pela legislação. Além disso, os dados só serão compartilhados após um convênio entre os órgãos envolvidos.