Telegram avança contra WhatsApp no Brasil e chega a 45% dos celulares
Mesmo com o crescimento do Telegram entre os brasileiros, a falta de contatos próximos impede uma adoção maior do público
Mesmo com o crescimento do Telegram entre os brasileiros, a falta de contatos próximos impede uma adoção maior do público
O WhatsApp ainda reina quase solitário no topo dos mensageiros mais utilizados no Brasil, mas o Telegram continua crescendo mesmo após a polêmica gerada pela nova política de privacidade do serviço. Em pesquisa recente, o mensageiro de Durov está presente em 45% da base de smartphones.
A pesquisa, realizada pelo Mobile Time, mostra que o Telegram foi o aplicativo com o maior crescimento de todo o país nos últimos dois anos. O mensageiro criado na Rússia é conhecido por ser uma solução para momentos de bloqueio ao WhatsApp, com seus usuários voltando para o concorrente verde assim que ele era liberado pela justiça brasileira.
Parece que com a recente mudança na política de privacidade do WhatsApp, o crescimento do Telegram acelerou e continua forte desde janeiro do ano passado, quando passou dos 13% em 2019, para 27% em 2020. O resultado registrado no mesmo mês deste ano aparece justamente quando o mensageiro mais popular alterou seus termos, criando temores entre os usuários.
Abrindo os dados dos entrevistados, o Telegram está presente em 50% dos aparelhos dos jovens de 16 aos 29 anos. Ele também é mais popular quando o filtro separa por classe, onde marcou 58% nos smartphones dos representantes das classes A e B – contra 42% na C, D e E.
Este valor é promissor para o CEO Pavel Durov, mas ter o app instalado não significou automaticamente pessoas utilizando. Este cenário não é novo para a plataforma, mas nos últimos seis meses o número de pessoas que abrem o Telegram ao menos uma vez ao dia caiu, fechando janeiro de 2021 com 46%. No mesmo período, 21% das pessoas relataram nunca ou quase nunca ter aberto o mensageiro.
Olhando para a pergunta sobre a quantidade de abertura por aplicativo, o WhatsApp reina com 86% das pessoas que utilizam o programa todo dia, seguido do Instagram com 64%, Telegram e seus 23%, chegando ao Facebook Messenger que registrou 22%.
O maior problema para os usuários que aderem ao Telegram é a ausência de outros contatos dentro da mesma lista, junto da falta dos grupos com assuntos como família e trabalho. Por outro lado, basicamente a mesma proporção de pessoas presentes em grupos de política no WhatsApp está no mensageiro de Durov.
Outro dado levantado é a propensão dos usuários a desinstalarem um ou outro mensageiro do smartphone. O recente Signal aparece em primeiro lugar com 38%, seguido do Facebook Messenger com seus 26%, Telegram vem em terceiro marcando 21%, o Instagram em penúltimo e registrou 5%, para então o WhatsApp aparecer com apenas 1% das respostas.
Por fim, as mensagens de texto enviadas através da operadora, ou SMS, continuam sumindo do gosto popular. A pesquisa levantou que apenas 8% dos entrevistados enviaram algum texto por este meio. Do público geral, 41% quase nunca enviaram e 24% jamais concluíram este processo na vida.
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 207 de janeiro de 2021, com 2.026 entrevistados de todo o país, com igual proporção de gênero. A chance dos resultados retratarem a realidade é de 95%.
Eu nem me lembro quando foi a última vez que enviei uma mensagem SMS, provavelmente aconteceu muitos anos atrás. E você?
Com informações: Mobile Time.
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