TikTok altera diretrizes da comunidade em meio à controvérsia com os EUA
Plataforma atualizou diversas regras e adicionou uma seção sobre inteligência artificial; medidas servem para tentar impedir um possível banimento nos EUA
Enquanto o TikTok se prepara para enfrentar o congresso americano para evitar um possível banimento no país, a empresa anunciou mudanças em suas diretrizes da comunidade. O objetivo é o de oferecer um maior nível de transparência, divulgando pela primeira vez os “Princípios da Comunidade” da rede. Sendo assim, as mudanças entrarão em vigor a partir do dia 21 de abril, se aplicando a todos os perfis e conteúdo na plataforma.
De acordo com o comunicado divulgado na terça-feira (21), a companhia quer ajudar as pessoas a entenderem melhor as decisões tomadas para “manter a segurança na plataforma e construir confiança nas abordagens”. Ao apresentar para o público os Princípios da Comunidade, a marca tenta acalmar os ânimos de opositores oferecendo mais transparência.
Por outro lado, as alterações nas diretrizes da comunidade não são gigantescas. A maioria das mudanças são pequenas e não passam de retoques em regras comuns. Porém, há uma novidade: agora existe uma seção direcionada para “mídia sintética e manipulada”. Em outras palavras, conteúdo gerado por inteligência artificial:
Mídias manipuladas ou sintéticas que mostrem cenas realistas devem apresentar informação clara sobre a natureza do conteúdo. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio do uso de hashtags ou legenda, como “sintético”, “falso”, “irreal” ou “alterado”.
Além disso, o TikTok destaca que não permite o uso desse tipo de conteúdo que contenha a imagem de qualquer pessoa real que não seja pública. Mídia sintética de figuras públicas com o produto usado para endossar ou violar qualquer outra política também é proibido.
Por fim, o “acréscimo do termo ‘tribo’ como um atributo protegido no caso de discurso de ódio e políticas de comportamento de ódio” faz parte das novidades nas diretrizes.
CEO do TikTok vai testemunhar perante comitê do congresso
Os EUA ainda temem que o TikTok esteja coletando dados dos usuários para compartilhar com o governo chinês. Isso seria uma forma de espionagem, uma controvérsia que vem assolando o popular aplicativo de vídeos curtos há bastante tempo.
Dessa maneira, o CEO da plataforma, Shou Zi Chew, vai testemunhar perante o Comitê de Energia e Comércio dos Estados Unidos no dia 23 de março de 2023. Ele deve discutir sobre a privacidade do app, medidas de segurança de informações, o relacionamento com a China, entre outros pontos menores.
Essa é mais uma etapa para tentar prevenir o banimento do TikTok em território norte-americano. A empresa também está estudando se separar da companhia ByteDance, responsável pela rede social.
Vale ressaltar que a plataforma alcançou a marca de 150 milhões de usuários frequentes apenas nos EUA, como informado pela NBC News.
Com informações: Engadget.