Twitter hackeado é mais um problema para a fatura do C6 Bank
Ataque durou poucas horas, mas foi o suficiente para criar polêmicas direcionadas à fintech; empresa lidera o ranking de reclamações do BC
Ataque durou poucas horas, mas foi o suficiente para criar polêmicas direcionadas à fintech; empresa lidera o ranking de reclamações do BC
Na noite da quarta-feira (19), o Twitter do C6 Bank foi totalmente hackeado. O perfil do banco digital foi alterado para o nome “LiveArt”, aparentemente uma plataforma de arte, cultura e NFTs. Entretanto, a invasão durou algumas horas, pois na manhã seguinte (20), a fintech já havia retomado o controle de sua página na rede social.
O fato foi descoberto por diversos usuários entre às 20h e 22h. A mudança repentina foi seguida de um tuíte sobre a abertura de uma campanha para colecionadores de NFT. É claro que um link estava posicionado junto de uma hashtag.
A partir daí, a conta fez mais de dez retweets de postagens sobre o seu produto, provavelmente de perfis controlados pelos invasores. Durante o processo, os hackers acabaram marcando muitas pessoas em cada post.
Essa invasão à conta do Twitter do C6 Bank é mais um ponto negativo no histórico do empreendimento. É curioso observar as respostas a cada nova postagem na rede social da marca, com um número alto de reclamações por parte dos correntistas.
Com isso, surgiu mais uma dor de cabeça para o banco digital, empresa líder em reclamações entre as instituições financeiras, segundo o Banco Central. Em julho de 2022, a fintech acumulou 1.265 protestos regulados procedentes.
Como a companhia já liderava esse ranking negativo em janeiro desse ano, a frente de nomes como BMG, Banco Pan, Inter, Bradesco e Santander, parece que as coisas ainda não melhoraram no quesito atendimento ao cliente.
Por fim, após retomar o perfil, nenhum tuíte sobre o ataque que sofreu foi realizado.
Além das reclamações constantes e de ter a conta do Twitter hackeada, o C6 Bank coleciona golpes em sua cartela de preocupações.
Em abril de 2022, a Polícia Civil de São Paulo divulgou uma investigação. Ao que tudo indica, um esquema de rachadinha com clientes do banco digital desviou mais de R$ 50 milhões em maio de 2021. O crime envolveu uma funcionária de uma empresa terceirizada, que era responsável pelo relacionamento entre marca e seus usuários.
Outro golpe foi descoberto em maio de 2022. Cerca de 5 mil correntistas realizaram um desvio de cerca de R$ 23 milhões a partir de uma brecha na modalidade “CDB crédito”. Mais uma vez, a Polícia Civil do estado de São Paulo está investigando o caso.