Uber transfere divisão de patinetes e bicicletas para Lime
Lime deixou de alugar patinetes elétricos no Brasil em janeiro; Uber corta custos, demite 3.700 e encerra Eats em sete países
A Uber fechou um acordo para transferir à Lime sua divisão de micromobilidade, que oferece aluguel de bicicletas e/ou patinetes elétricos em vários países, inclusive no Brasil. Esse acordo faz parte de uma rodada de investimento de US$ 170 milhões.
Os patinetes da Uber estavam presentes em Santos (SP) e São Paulo, mas foram retirados de circulação devido à pandemia do novo coronavírus, causador da COVID-19. A Lime chegou a atuar no Brasil, mas acabou saindo do país em janeiro deste ano para cortar custos.
Ainda é cedo para dizer se a Lime realmente fará um retorno ao Brasil, ou se ela vai encerrar o aluguel de patinetes da Uber por aqui. Por enquanto, a empresa promete apenas que será possível desbloquear os veículos através dos aplicativos da Lime e da Uber “em quase todos os mercados”.
Uber e Lime cortam custos
Em 2018, a Uber comprou a empresa de compartilhamento de bicicletas elétricas Jump. Com o tempo, ela se expandiu para aluguel de patinetes. Esse nome foi mantido em alguns países; no Brasil, usa-se apenas a marca Uber.
Agora, a Jump está sendo transferida para a Lime: isso não é exatamente uma venda, e sim uma cláusula dentro da rodada de investimentos. É uma forma de a Uber cortar custos, já que não terá mais que pagar salários para os funcionários da Jump.
A Uber anunciou uma enorme rodada de demissões: 3.700 funcionários serão dispensados, ou cerca de 14% da empresa. O Uber Eats também está saindo de sete países: Arábia Saudita, Egito, Honduras, República Tcheca, Romênia, Ucrânia e Uruguai. No final de abril, a Lime demitiu 80 funcionários, cerca de 13% do total.
“A Lime tem a experiência operacional e o foco total necessário para construir um negócio de micromobilidade sustentável e dimensionado”, afirma Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, em comunicado. “Acreditamos que a micromobilidade é uma parte crítica do cenário urbano, agora mais do que nunca.”
Com informações: TechCrunch.