Uber vai demitir 3.700 funcionários e cortar salário de CEO
Demissões afetarão principalmente funcionários de suporte e recrutamento; pandemia fez Uber ter 70% de redução nas corridas
Demissões afetarão principalmente funcionários de suporte e recrutamento; pandemia fez Uber ter 70% de redução nas corridas
Nas últimas semanas, a Uber promoveu uma série de medidas para amenizar os efeitos da pandemia de coronavírus (COVID-19) sobre suas operações, mas essas ações não evitaram demissões: à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a companhia informou que irá dispensar 3.700 funcionários.
Essa decisão já era esperada. No fim de abril, o então diretor de tecnologia Thuan Pham deixou o seu posto na companhia após sete anos de serviços prestados. O executivo liderava a área de engenharia e cumpriu papel fundamental para a evolução dos negócios da empresa.
Apesar disso, a necessidade de contenção de custos falou mais alto. Para piorar, não foi só Pham que perdeu seu trabalho: na ocasião do seu desligamento, surgiram fortes rumores de que a Uber dispensaria 20% de seus 27 mil funcionários, ou seja, algo em torno de 5.800 postos de trabalho seriam eliminados.
Sabemos agora que o número de demitidos será de 3.700 funcionários. É uma quantidade menor que a prevista inicialmente, mas ainda impressionante. Serão atingidas principalmente as divisões de suporte e recrutamento.
O motivo já é bem conhecido: a pandemia de coronavírus fez o número de viagens na Uber despencar em praticamente todos os mercados nos quais a companhia atua. Na maioria das grandes cidades, a queda na demanda por corridas diminuiu 70% na comparação com o ano passado.
A companhia chegou a anunciar serviços de entregas como Uber Direct e Uber Connect para diversificar as suas fontes de receitas, mas essas medidas não são suficientes para compensar a queda na demanda por transporte de passageiros.
“Como não sabemos quanto tempo a recuperação levará, estamos tomando medidas para alinhar nossos custos ao tamanho de nosso negócio atualmente”, disse a Uber em nota.
As divisões de suporte e recrutamento serão fortemente afetadas pelas demissões por serem as que estão mais ociosas neste momento — se há poucas viagens, há menos clientes para serem atendimentos.
Outra medida de contenção de gastos envolve diretamente o CEO da Uber: Dara Khosrowshahi informou que, após consulta com o conselho de administração da companhia, concordou em renunciar ao seu salário-base até o fim de 2020.
Com informações: TechCrunch.