Uber perde até 70% das viagens em locais afetados por coronavírus

A empresa registrou em Seattle, nos Estados Unidos, uma das maiores quedas no número de viagens

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 3 anos
Aplicativo Uber - motorista

A Uber apresentou nesta quinta-feira (19) a seus investidores os efeitos da pandemia de coronavírus em seu serviço. A empresa informou que em Seattle, uma das cidades mais afetadas nos Estados Unidos, a queda no número de viagens nos últimos dias está entre 60% e 70%.

O dado foi revelado pelo CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, que não informou os números sobre outras cidades. No entanto, o executivo afirma que a empresa trabalha com quedas parecidas em locais como São Francisco, Los Angeles e Nova York.

“Estamos vendo um padrão semelhante”, indicou Khosrowshahi. “Meu palpite é que algumas serão mais altas em 5%, algumas podem ser inferiores em 5%. Mas haverá muitas cidades ao redor do mundo que se parecem com Seattle”.

“Estes são tempos muito, muito incertos e estranhos”, afirmou. A queda no número de viagens se deve, principalmente, às orientações para pessoas em várias cidades permanecerem em suas casas durante a pandemia de coronavírus.

Enquanto seu serviço é menos utilizado, a Uber tenta tranquilizar os seus investidores. A empresa afirma que possui “ampla liquidez” que lhe permitirá sobreviver a esta crise, incluindo US$ 10 bilhões em caixa e US$ 1,5 bilhão em fusões e aquisições.

Segundo Khosrowshahi, em um cenário extremo, com queda de 80% no número das corridas, a empresa ainda teria US$ 4 bilhões em caixa ao final do ano. Além disso, uma linha de crédito para essa situação lhe ofereceria mais US$ 2 bilhões.

Para contornar esse período, a empresa deve usar a rede de motoristas parceiros para entregar produtos essenciais, como alimentos e remédios. “Já temos contato no setor de saúde, temos todos os processos que precisamos”, adiantou Khosrowshahi.

Com informações: TechCrunch, The Verge.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.