Uber registra prejuízo de US$ 2,9 bilhões no 1º trimestre de 2020
Pandemia de coronavírus (COVID-19) contribuiu para Uber ter prejuízo acima do esperado para os três primeiros meses do ano
Pandemia de coronavírus (COVID-19) contribuiu para Uber ter prejuízo acima do esperado para os três primeiros meses do ano
A Uber divulgou os seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2020 e, para a surpresa de ninguém, a companhia chegou ao fim do período com um alarmante prejuízo de US$ 2,94 bilhões. Sim, os efeitos da pandemia de coronavírus (COVID-19) têm uma boa parcela de culpa nessa história.
Parecia que a situação não iria ser tão dramática assim, afinal, a companhia registrou receita de US$ 3,54 bilhões nos três primeiros meses do ano, montante 14% superior ao obtido no mesmo período de 2019 (US$ 3,1 bilhões).
Mas a crise chegou com força. Em grandes cidades, o número de corridas na Uber chegou a cair 70% por causa das ações de isolamento social e quarentena. Como tudo aconteceu rapidamente e em escala global, a companhia não teve tempo para ajustar as suas operações com o intuito de evitar um estrago grande.
Não que medidas não tenham sido tomadas. No comunicado sobre os resultados, o CEO Dara Khosrowshahi explicou que a companhia injetou recursos no Uber Eats, por exemplo. De fato, a plataforma passou a fazer entregas de refeições para empresas e a transportar itens de estabelecimentos como farmácias ou lojas de conveniência.
Só que os números mostram que essas ações não bastaram. O prejuízo líquido de US$ 2,94 bilhões superou as previsões dos analistas de mercado. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado resultou em perdas de US$ 612 milhões.
Quanto aos próximos meses, alguns países já iniciam ou ensaiam uma volta às atividades, razão pela qual a Uber espera que a demanda por corridas aumente neste trimestre. Mesmo assim, o período tende a ser tão ou mais desafiador que o anterior.
O reflexo disso está nas medidas de contenção de despesas: recentemente, a Uber anunciou a demissão de 3.700 de seus 27.000 funcionários, sem esconder que os efeitos da pandemia foram a principal razão para isso.
De modo a complementar as medidas, Dara Khosrowshahi concordou em reduzir seu salário-base a zero até o final de 2020.
Com informações: TechCrunch.