Vivo cresce em número de clientes, mas faz “limpa” em linhas da Oi Móvel
Operadora divulga resultados financeiros para o 3º trimestre de 2022; Vivo teve lucro de R$ 1,43 bilhão e viu base de clientes saltar em quase 15%
Operadora divulga resultados financeiros para o 3º trimestre de 2022; Vivo teve lucro de R$ 1,43 bilhão e viu base de clientes saltar em quase 15%
A Telefônica Brasil divulgou os resultados financeiros para o 3º trimestre de 2022. A dona da Vivo obteve lucro líquido de R$ 1,43 bilhão, alta de 9,3% no comparativo anual. Com aumento nos acessos de fibra óptica e celular pós-pago, a operadora desativou 3 milhões de linhas oriundas da Oi Móvel que foram consideradas inativas.
Confira abaixo os principais indicadores da Vivo para o 3º trimestre de 2022 e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:
Indicador | 3° trimestre de 2022 | 3° trimestre de 2021 | Diferença |
---|---|---|---|
Receita operacional líquida | R$ 12,19 bilhões | R$ 11,03 bilhões | +10,6% |
Lucro líquido | R$ 1,43 bilhão | R$ 1,31 bilhão | +9,3% |
Capex (investimentos) | R$ 2,58 bilhões | R$ 2,15 bilhões | +20,2% |
Número de clientes (total de acessos) | 111,6 milhões | 97,42 milhões | +14,6% |
A Vivo foi a terceira maior compradora da Oi Móvel em número de acessos — ela ficou responsável por receber 10,5 milhões de clientes de 11 diferentes DDDs. No entanto, esse número já caiu consideravelmente: durante o 3º trimestre, a operadora afirma ter desativado 3 milhões de linhas provenientes da aquisição.
De acordo com a Vivo, foram feitas desconexões das linhas consideradas inativas no seu critério — que não foi divulgado. Dos chips cancelados, 2,2 milhões utilizam planos pré-pagos, enquanto 797 mil se enquadravam na categoria pós-paga.
Mesmo com a alta desconexão, a Vivo cresceu o número de clientes móveis em 18% no comparativo anual. A operadora conseguiu aumentar a base pós-paga em 19%, e a receita com telefonia celular saltou 13,8%.
A Vivo também anunciou gastos de R$ 0,4 bilhão ao longo dos primeiros nove meses de 2022 no reforço da rede para integrar os clientes oriundos da Oi Móvel. Sem detalhar as cifras, a empresa também afirma que direcionou investimentos para ativação da tecnologia 5G nas capitais brasileiras.
O crescimento dos serviços fixos foi mais tímido: a receita líquida foi de R$ 3,71 bilhões, alta de 2,1% na comparação anual. A Vivo comemora o bom desempenho dos produtos com tecnologia mais recente (fibra óptica, IPTV e serviços corporativos), que já representam 74,6% do faturamento do segmento fixo e cresceram 9% no ano.
A operadora encerrou o trimestre com cobertura FTTH (quando a fibra óptica chega dentro da casa do cliente) disponível em 22,3 milhões de residências de 380 cidades, alta de 22% em comparação com o ano anterior. A Vivo Fibra possui 5,3 milhões de casas conectadas (clientes), o que trouxe crescimento de 21%.
A velocidade média dos usuários da Vivo Fibra é de 223 Mb/s. A operadora comemora o lançamento do novo plano de 1 Gb/s, e afirma que 40% das adições brutas correspondem ao Vivo Total, combo que inclui serviços fixos e telefonia celular.
A queda de receita com serviços legados segurou o balanço do negócio fixo. A Vivo viu o faturamento de produtos como banda larga por cobre, telefone fixo ou TV via satélite cair 17,7% no ano.
A Vivo quer diversificar seus produtos para além das telecomunicações. A operadora destaca o crescimento do Vivo Money, serviço de empréstimo pessoal que já concedeu R$ 160 milhões em empréstimos desde dezembro de 2021.
De acordo com o Telesíntese, a Vivo também quer perseguir a liderança no mercado de serviços financeiros. Christian Gebara, CEO da companhia, afirma que irá oferecer crédito para aquisição de smartphones e notebooks, e comemora as altas margens para esse tipo de negócio.
A tele também anunciou investimento de US$ 3 milhões na Klavi, uma fintech que oferece soluções de Open Finance.
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