Warner Bros usará inteligência artificial para decidir quais filmes aprovar
Resposta final ainda virá de executivos do estúdio; inteligência artificial pode economizar tempo e mão de obra da Warner Bros
Resposta final ainda virá de executivos do estúdio; inteligência artificial pode economizar tempo e mão de obra da Warner Bros
A Warner Bros, responsável por sucessos como Coringa, assinou um acordo com a startup Cinelytic para usar a inteligência artificial no processo de aprovação de filmes do estúdio. Apesar de não tomar a decisão final, a tecnologia economizará mão de obra de funcionários e tempo do estúdio para dar o “sinal verde” de uma produção.
A Cinelytic é uma startup fundada há quatro anos e que teve a ferramenta de análise em beta por três anos. Foi em 2019 que o sistema — o qual pode fornecer dados sobre elenco, aquisições e até data de lançamento da produção — teve seu lançamento oficial.
Com o acordo, a Warner Bros terá ajuda da inteligência artificial para prever receita, gastos e até quando o filme deveria ser lançado. A decisão final ainda seria de executivos do estúdio, porém a tecnologia da Cinelytic economizaria tempo ao reduzir mão de obra com trabalhos repetitivos, agindo como um filtro responsável pelo “sinal verde”.
Tobias Queisser, um dos fundadores e CEO da startup, disse ao Hollywood Reporter que a ferramenta pode calcular em segundos uma avaliação geral de filmes ou o valor de uma estrela; o que levaria dias por um humano.
Apesar disso, o próprio Queisser afirma que a IA não substituirá os humanos quando se trata de criatividade: “Inteligência artificial é boa para analisar números, mostrar conjuntos de dados e padrões não visíveis aos humanos. Mas, para a tomada criativa de decisões, você ainda precisa de experiência e extinto”.
Na cartela de clientes da Cinelytic também estão a T&B Media Global — contrato que rendeu US$ 2,5 milhões para a startup —, Ingenious Media (Avatar), Productivity Media (The Little Hours) e mais recentemente a STX (Perfeita é a Mãe 2).
Em especial, a IA da Cinelytic pode vir a ser útil em festivais, quando os estúdios precisam dar grandes ofertas em produções, num curto espaço de tempo para analisá-los. Um exemplo: a New Line gastou US$ 15 milhões com o filme A Música da Minha Vida no Festival Sundance de Cinema do ano passado.
A Cinelytic não pode garantir sucessos de US$ 1 bilhão como foi Coringa. Entretanto, com certeza ajudará a não desperdiçar esforços da Warner Bros e tempo dos espectadores com filmes como Rainhas do Crime, o qual recebeu nota 35 no Metacritic.
Com informações: The Holywood Reporter, CNET, Engadget.