WhatsApp diz que sofreu ataque de espionagem com servidores americanos
O Facebook, dono do mensageiro, acusa a NSO Group de ter violado lei dos EUA sobre cibercrimes
O Facebook, dono do mensageiro, acusa a NSO Group de ter violado lei dos EUA sobre cibercrimes
O Facebook entrou na Justiça contra a israelense NSO Group devido ao malware Pegasus. A empresa de Mark Zuckerberg alega que a dona do arquivo malicioso realizou ataques contra usuários do WhatsApp por meio de servidores americanos, o que viola a Lei de Fraude e Abuso de Computadores dos Estados Unidos.
Segundo o Facebook, a NSO Group usou o servidor da empresa QuadraNet, de Los Angeles, mais de 700 vezes entre abril e maio de 2019 para invadir celulares por meio do WhatsApp. A empresa de vigilância também teria usado um servidor da Amazon nos EUA.
O processo contraria alegações da companhia de vigilância de que não opera nos EUA e que seu malware não consegue invadir celulares em território americano. A acusação também questiona as afirmações da empresa israelense de que presta serviços somente para governos.
Em sua ação, o Facebook diz que a NSO Group não é capaz de apresentar um só cliente governamental e sugere que isso seja somente uma tentativa de obter imunidade jurídica. Se os ataques com servidores americanos forem provados, a empresa de vigilância terá um cenário bastante complicado pela frente.
A proprietária do Pegasus já é investigada pelo FBI, que pretende saber se houve invasões a celulares de cidadãos americanos e se elas ocorreram com a ajuda de alguém nos EUA. O malware Pegasus consegue ativar o microfone e a câmera do celular, além de vasculhar mensagens e obter dados de localização sem que a vítima perceba.
As acusações contra a NSO Group são conhecidas há bastante tempo. Além do processo do Facebook, o malware da empresa é apontada como o responsável pelo ataque ao celular do CEO da Amazon, Jeff Bezos, que teria sido realizado pelo príncipe herdeiro da Árabia Saudia, Mohammed binSalman.
Com informações: Engadget, CyberScoop.