Xiaomi dobra lucro no 2º tri com aumento de fatia no mercado de celulares
Lucro líquido da Xiaomi praticamente dobrou, passando a US$ 1,28 bilhão no segundo trimestre de 2021; A fabricante vendeu 52,9 milhões de celulares no período
A Xiaomi divulgou seu relatório financeiro para o segundo trimestre de 2021 nesta quarta-feira (25), registrando lucro líquido de US$ 1,28 bilhão — um aumento de 87,4% ano a ano. A alta se dá em meio a uma grande conquista da empresa chinesa: superar a Apple em participação no mercado global de smartphones.
Xiaomi é a 2ª maior fabricante de celulares do mundo
Como reportamos em julho, com market share de 17%, contra 13% da Apple, a Xiaomi ficou atrás somente da Samsung no segundo trimestre, segundo a consultoria Canalys. Foi um crescimento anual de 83% para a chinesa, em parte devido às sanções dos Estados Unidos feitas à Huawei.
De acordo com o relatório de ganhos da Xiaomi, a receita total teve aumento de 64%, passando a US$ 13,56 bilhões. No recorte para celulares, a receita foi de US$ 9,1 bilhões — com venda de 52,9 milhões de aparelhos no período.
“Como a Xiaomi continua comprometida com o avanço da tecnologia, o recrutamento e a promoção de talentos e os recursos do canal de atualização, seu negócio de smartphones continuou a apresentar um crescimento significativo no segundo trimestre de 2021, destacado por vendas e receitas recordes de smartphones”.
Na terça-feira (24), a Xiaomi confirmou que está abandonado a marca “Mi”, mas ainda pretende trabalhar com duas marcas: “Xiaomi” para produtos premium, incluindo o Xiaomi 11 Pro, Xiaomi 11 Ultra e Xiaomi Mix 4, e “Redmi” para smartphones mais acessíveis, muito populares entre os fãs.
“A marca Redmi continua a fornecer produtos competitivos. Em 30 de abril de 2021, as remessas globais acumuladas da série Redmi Note ultrapassaram 200 milhões de unidades, refletindo o aumento da ressonância da marca Redmi no mercado de massa e a alta qualidade dos smartphones Redmi”.
Crescimento em IoT e investimento no setor automotivo
Apesar da maior parte da receita ter sido puxada por smartphones, a Xiaomi também registrou crescimento na categoria de IoT e produtos de estilo de vida, que passou a US$ 3,2 bilhões (aumento de 36%).
E a diversificação do portfólio não deve parar por aí — a empresa anunciou ainda que está adquirindo a Deepmotion, uma startup de tecnologia de direção autônoma em um negócio de US$ 77,3 milhões. A ação faz parte da estratégia da Xiaomi de investir US$ 10 bilhões em veículos elétricos na próxima década.
O negócio de carros da Xiaomi é liderado por Lei Jun, CEO do grupo. Segundo ele, o preço do veículo pode variar de 100 mil iuanes a 300 mil iuanes (aproximadamente R$ 255 mil em conversão direta). Ainda não se sabe quando o primeiro carro elétrico da marca chinesa será apresentado ao público ou chegará ao mercado.
Com informações: Xiaomi, TechCrunch