O primeiro processador da Xiaomi foi revelado nesta terça-feira (28): ele se chama Surge S1 e tem desempenho similar aos chips que equipam smartphones intermediários. Baseado na arquitetura ARM, o chip tem CPU octa-core e será o primeiro da família Pinecone, que contará com um segundo processador, mais poderoso.

Em números, estamos falando de um processador com oito núcleos Cortex-A53 (quatro de 2,2 GHz e quatro de 1,4 GHz), GPU Mali-T860 e fabricação em processo de 28 nanômetros (boo!). Nos benchmarks divulgados pela Xiaomi, a CPU do Surge S1 fica no mesmo nível de chips como Snapdragon 625 e MediaTek Helio P20, mas o desempenho gráfico chega a ser quase o dobro do atingido pelos concorrentes.

O Surge S1 conta ainda com modem programável, suporte a ligações VoLTE, segurança a nível de hardware e processador de sinal de imagem que melhora a sensibilidade da câmera em até 150% e reduz o ruído nas fotos em condições de baixa iluminação.

O processo de desenvolvimento do Surge S1 durou 28 meses, passando pela criação da família Pinecone (outubro de 2014), primeira amostra de engenharia (setembro de 2015) e produção (dezembro de 2016). A Xiaomi não informou detalhes de outros processadores, mas é esperado que a empresa revele em breve um chip de alto desempenho de 10 nanômetros, a ser fabricado pela Samsung.

Xiaomi Mi 5c

O primeiro smartphone com o Surge S1 é o Mi 5c, smartphone intermediário com tela de 5,15 polegadas (1920×1080 pixels), 3 GB de RAM, 64 GB de armazenamento (sem entrada para microSD) e bateria de 2.860 mAh. Ele possui câmeras de 12 megapixels (traseira) e 8 megapixels (frontal), além de um leitor de impressões digitais e corpo de metal.

O Mi 5c será vendido na China a partir de sexta-feira (3). Preço? 1.499 yuans chineses, o equivalente a R$ 677.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.