Como descartar corretamente aparelhos de televisão antigos
Saiba o que fazer (e o que não fazer) com sua TV antiga; cooperativas e fabricantes são opções para o descarte

Saiba o que fazer (e o que não fazer) com sua TV antiga; cooperativas e fabricantes são opções para o descarte
A televisão está entre os dispositivos eletroeletrônicos mais duráveis e que leva mais tempo para ser substituído (no Brasil, temos um ciclo bem estabelecido de troca a cada Copa do Mundo), mas chega uma hora em que o velho precisa dar lugar ao novo.
No entanto, o que fazer com a TV antiga?
Existem certos cuidados que o consumidor precisa tomar antes de se livrar de seu aparelho velho, alguns específicos de acordo com o tipo do dispositivo. Neste texto, explicamos tudo o que você precisa saber para fazer tudo direitinho.
Cada tipo de televisão possui características próprias, bem como componentes e materiais diversos quando comparadas umas com as outras, que no geral não podem ser jogados fora com o lixo comum.
Em termos gerais, as TVs mais modernas possuem:
As TVs com telas LCD, plasma ou LED são compostas principalmente por polímeros diversos, em graus diferentes de concentração, enquanto as velhas TVs CRT (com tubos de raios catódicos), popularmente conhecidas como TVs de tubo contam com uma grande concentração de chumbo, elemento químico altamente poluente.
Além disso, os circuitos impressos contêm metais nobres e valiosos como ouro, cobre e platina, que podem ser reciclados e são trabalhosos para se extrair da natureza.
Porque é ruim para o meio ambiente. Há uma série de elementos poluentes na composição de qualquer tipo de televisor, desde os menos perigosos como plásticos e polímeros, a outros extremamente nocivos como o chumbo. Tais materiais contaminam o solo e os lençóis freáticos, podendo causar danos consideráveis à sociedade.
Há um esforço conjunto em todo o mundo para a redução do lixo eletrônico, cuja concentração aumentou muito nos últimos anos graças à obsolescência programada, uma estratégia de mercado que incentiva o consumidor a sempre trocar de modelo de um determinado produto. Ainda que isso não se aplique necessariamente à TVs (o consumidor geralmente a troca quando ela pifa de vez), ainda assim elas fazem volume no lixo eletrônico.
Sim. De acordo com o Artigo 33 da Lei N° 12.305/2010, conhecida como a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), o fabricante é obrigado a fazer a logística reversa dos eletroeletrônicos que comercializa (entre outras categorias de bens de consumo, mas foquemos nas TVs). Ou seja, deve recolher e descartar de forma ecologicamente correta as TVs dispensadas pelos seus consumidores.
Para atuar em conformidade com a Legislação brasileira, as empresas devem implementar por conta própria seus sistemas de logística reversa e garantir que o material será ou reciclado, ou descartado corretamente. Da mesma forma, a PNRS prevê sanções tanto à companhia que falhar em cumprir as orientações da Lei, quanto ao consumidor que fizer o descarte de uma TV de maneira inapropriada.
Resumindo: o cidadão que jogar sua TV no lixo de qualquer jeito poderá ser multado.
Há algumas opções.
Se a TV estiver em boas condições e o usuário apenas deseja troca-la por uma mais moderna, é possível:
Se o dispositivo estiver com defeito e não puder ser consertado, o usuário pode optar pela logística reversa, ou em casos extremos (quando a TV é muito antiga e não há empresa para contatar, ou se o fabricante não estiver em conformidade com a Lei), pode-se recorrer a cooperativas para que o produto seja descartado corretamente.
Existem sites, como eCycle que funcionam como motores de busca especializados; através dele é possível especificar que tipo de produto você deseja descartar e onde você mora, e a plataforma devolverá resultados de cooperativas próximas de você.
Vale lembrar, entretanto: sempre entre em contato com as cooperativas antes de levar os produtos até elas, para se inteirar dos horários de funcionamento e demais procedimentos, já que nem sempre uma funciona igual a outra ou recebe de tudo.