PDAF, laser e mais: como funciona o foco automático na câmera do celular?
Entenda quais sistemas de foco automático são melhores conforme o tipo de cena e a iluminação do ambiente; reunimos vantagens e limitações dos principais métodos
Entenda quais sistemas de foco automático são melhores conforme o tipo de cena e a iluminação do ambiente; reunimos vantagens e limitações dos principais métodos
PDAF é o sistema de foco automático mais popular em câmeras de celulares. No entanto, smartphones também podem usar outros sistemas e tecnologias, como o autofoco a laser (LAF) e câmeras Dual Pixel, para obter maior velocidade de foco e precisão em cenas.
O foco automático ajuda a garantir que as fotos da câmera do celular fiquem mais nítidas e claras. Ele pode rastrear objetos em movimento, funcionar em situações de pouca luz e usar diferentes técnicas de reconhecimento de cena para ajustar o foco mais rapidamente que em uma lente com foco manual.
O foco automático por detecção de fase (PDAF) usa os fotodiodos espalhados no sensor de imagem para detectar se um objeto está “em fase”, ou seja, focado.
Os fotodiodos são semicondutores que convertem luz em corrente elétrica. Em um sensor de câmera, eles são distribuídos em pares que recebem a luz a partir de ângulos ligeiramente diferentes, semelhante ao que acontece com o olho esquerdo e o direito dos seres humanos.
Um sensor com PDAF mede os ângulos dos raios de luz que atingem o par de fotodiodos para calcular a distância entre a câmera e o objeto fotografado. Quando os raios de luz de um objeto estiverem perfeitamente alinhados no par de fotodiodos, esse objeto está focado.
Dual Pixel é uma melhoria do PDAF que usa todos os pixels do sensor de imagem para detecção de fase. Nessa tecnologia, cada pixel possui dois fotodiodos divididos na vertical (um esquerdo e um direito), o que melhora a precisão e a cobertura do foco automático.
O Dual Pixel Pro tem pixels verdes com fotodiodos divididos na diagonal em vez da divisão vertical do Dual Pixel. Com isso, a detecção de fase é feita não apenas nos lados esquerdo e direito, mas também superior e inferior. A tecnologia foi lançada no sensor Samsung Isocell GN2 e, segundo a fabricante, é mais rápida e precisa.
O foco automático por detecção de contraste (CDAF) mede a diferença entre os pontos mais claros e mais escuros da imagem para identificar se ela está focada. Ou seja, a tecnologia se baseia no princípio de que, quanto maior o contraste, melhor a nitidez da imagem.
Diferente do PDAF, que mede instantaneamente a distância de um objeto por meio de detecção de fase, o CDAF funciona ao testar os diferentes pontos de foco da lente de câmera e depois seleciona a posição que resultou no maior contraste.
O foco automático a laser (LAF) ou foco automático com detecção por laser (LDAF) usa um pequeno sensor ToF (Time-of-Flight) e um feixe de laser, geralmente infravermelho e invisível ao olho nu, para calcular a distância de um objeto.
Nesse sistema, um feixe de luz é emitido em um objeto e refletido de volta para o sensor ToF. Como a velocidade da luz é conhecida, é possível calcular a distância do objeto por meio do tempo que a luz demorou para retornar ao sensor. Por fim, a lente se ajusta para a distância detectada, colocando o objeto em foco.
O autofoco híbrido (HAF) é uma junção de várias tecnologias de foco automático em uma mesma câmera, como PDAF, CDAF e LAF. Ele funciona alternando entre diversos métodos de focagem para minimizar as fraquezas de cada um, dependendo das condições do ambiente.
Celulares mais caros geralmente têm mais de um sistema de foco, que são combinados para melhorar o desempenho da câmera. No Google Pixel 7, por exemplo, o processador de imagem usa o PDAF para focar cenas em movimento e alterna automaticamente para o LAF quando detecta objetos próximos.
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