Câmera DSLR: como funciona e quais as vantagens para fotos e vídeos?
Câmeras DSLR têm um espelho que reflete a luz da lente no sensor de imagem para criar uma fotografia; entenda o funcionamento delas

Câmeras DSLR têm um espelho que reflete a luz da lente no sensor de imagem para criar uma fotografia; entenda o funcionamento delas
DSLR (Digital Single Lens Reflex) é um tipo de câmera que combina um sensor digital com um mecanismo de espelho. Câmeras DSLR suportam lentes intercambiáveis, que podem ser trocadas de acordo com o tipo de foto a ser feita.
Câmeras DSLR passaram a ser usadas em larga escala nos anos 2000. Elas ocuparam um espaço até então dominado por câmeras SLR (Single Lens Reflex), que também têm sistema de espelho, mas registram imagens em filmes fotográficos. Hoje, modelos com sensor digital disputam mercado com câmeras mirrorless (sem espelhos).
A tecnologia DSLR tem como base câmeras SLR eletrônicas lançadas nos anos 1980. Mas somente em 1991 a primeira câmera DSLR foi lançada comercialmente: a Kodak DCS-100, de uso profissional. O modelo usava o corpo de uma câmera SLR Nikon F3, trabalhava com 1,3 megapixel e tinha painel de controle externo.
Contudo, a primeira câmera DSLR de fato é a Electro-Optic Camera, desenvolvida por James McGarvey, na Kodak, em 1987. Ela tinha o corpo de uma Canon F-1 e foi projetada a pedido do governo dos Estados Unidos, razão pela qual não chegou ao mercado. O modelo serviu de referência para a criação da Kodak DCS-100.
A geração da foto em uma câmera DSLR começa quando a luz entra pela lente, que pode combinar vidros especiais com mecanismos de aproximação (zoom) e foco.
Ao passar pela lente, a luz é refletida por um espelho móvel no pentaprisma (componente óptico de cinco lados), de modo que o conteúdo possa ser observado no visor óptico (viewfinder) e na tela LCD da câmera.
Quando o botão de disparo é pressionado, o espelho se move e a luz segue em direção ao obturador. Composto por lâminas, o obturador se abre para a luz finalmente chegar ao sensor digital e permitir o registro da imagem.
Na etapa seguinte, o obturador é fechado e o espelho volta para a posição original. O conteúdo capturado pelo sensor é convertido pelo processador de imagem em uma foto ou vídeo a ser armazenado em memória interna ou, mais comumente, em cartão de memória.
O sensor de imagem é um chip que, com base na luz capturada, forma a foto ou o vídeo a ser registrado. Normalmente, câmeras DSLR são equipadas com sensores CMOS ou CCD. O CMOS é mais comum por ter custo de fabricação menor e consumir menos energia.
Há dois formatos físicos principais de sensores: APS-C e full frame. O APS-C é menor, tendo tamanhos próximos a 22 x 15 mm, e é comum em câmeras compactas ou intermediárias. Ele é informalmente chamado de “cropado” por ter fator de corte, isto é, uma área visível menor em relação ao full frame.
Sensores full frame têm formato aproximado de 36 x 24 mm, são equivalentes aos filmes de 35 mm de câmeras SLR e são frequentes em modelos sofisticados. Eles são a preferência de muitos fotógrafos profissionais por não terem fator de corte.
Os sensores também podem ter resoluções diferentes, que são indicadas em megapixels. Além de determinar as dimensões da imagem, o megapixel é um dos parâmetros que influenciam no tamanho da foto em bytes.
Câmeras modernas têm funções que agilizam os registros, como foco automático. Mas a qualidade da imagem pode depender de ajustes manuais. Um é a velocidade do obturador (tempo decorrido entre abrir e fechar): quanto mais lenta, mais luz entra na câmera, o que torna esse parâmetro útil quando há baixa luminosidade.
Outro ajuste possível envolve a lente (objetiva). Nas câmeras DSLR, é possível instalar lentes para médias e longas distâncias (zoom), grande angular (amplo ângulo de visão), olho de peixe (efeito de círculo na imagem), entre outras finalidades.
O mercado de DSLR é dominado por marcas japonesas, principalmente Canon e Nikon. Elas produzem não apenas os corpos, mas também lentes e acessórios para suas câmeras. As fabricantes mais conhecidas do segmento são:
Fujifilm e Sigma são duas outras marcas que se destacam no mercado de câmeras, mas ambas vêm desenvolvendo apenas modelos mirrorless. A Samsung também teve câmeras DSLR, mas desistiu desse mercado em 2017.
As principais vantagens e desvantagens das câmeras DSLR em comparação com câmeras mirrorless e de celulares são:
Depende da sofisticação da câmera DSLR. O obturador costuma ser o componente que mais se desgasta. Por isso, os fabricantes estimam a durabilidade em cliques (disparos). Modelos básicos alcançam 50-150 mil cliques. Câmeras avançadas chegam a 400 mil cliques.
Para o corpo da câmera, a limpeza pode ser feito com um pano levemente umedecido, com a poeira podendo ser removida com pincéis. Algumas câmeras têm um mecanismo próprio de limpeza do sensor. Já limpar a lente requer mais cuidado e até uso de kits especiais.
É possível usar uma câmera DSLR como webcam por meio de aplicativos próprios para esse fim. Essa opção é interessante para quem precisa de mais qualidade de imagem ao participar de videoconferências ou dar cursos online.
Câmeras DSLR são equipadas com sensores para imagens digitais (daí o ‘D’ no nome) e suportam lentes intercambiáveis. Câmeras SLR também podem trocar de lente, mas registram as fotos em filmes fotográficos.