O que são os padrões de cores RGB e CMYK?
Entenda as diferenças entre os sistemas RGB e CMYK, e como elas afetam a reprodução de imagens em meios eletrônicos e impressos
Entenda as diferenças entre os sistemas RGB e CMYK, e como elas afetam a reprodução de imagens em meios eletrônicos e impressos
RGB e CMYK são padrões de cores utilizados para a formação de imagens. O primeiro está associado a reprodução de cores em dispositivos eletrônicos, como monitores e TVs, enquanto o segundo é utilizado em materiais impressos.
O termo RGB corresponde às iniciais das cores “Red” (vermelho), “Green” (verde) e “Blue” (azul), que são chamadas aditivas, pois quando somadas, podem formar diversas outras cores.
Telas LCD ou OLED exibem imagens com milhões de pixels. Cada um desses possui três sub-pixels: luz vermelha, luz verde e luz azul, que acendem em diferentes intensidades, com base na cor que o pixel exibe para produzir um resultado em um monitor preto (sem luz).
Uma imagem digital é representada em código binário por valores de zero ou um (bits). A quantidade de bits define a profundidade de cor, isto é, quantos tons de cada canal (vermelho, verde e azul) é possível obter em uma imagem.
Um padrão comum em monitores LCD é o de 8 bits (1 byte) por cor. Neste caso, os valores RGB são exibidos em um intervalo entre 0 e 255. O que significa que existem 256 níveis de cada uma das três cores, que podem ser combinadas para criar uma outra cor no espectro entre preto e branco, totalizando 16,7 milhões de cores.
Já monitores IPS e VA mais avançados podem ser encontrados com suporte a profundidade de 10 bits, ou 1.024 tons de vermelho, verde e azul. No total, são mais de 1 bilhão de cores possíveis.
Ainda que a imagem contenha mais dados (mais bits), a reprodução de cores é limitada pelo número máximo de bits suportado pelo monitor utilizado.
Em uma representação padrão (Gama 0-255), o valor decimal RGB para a cor preta é: 0,0,0 — o significa que há 0% de luz vermelha, 0% de luz verde e 0% de luz azul. Em outras palavras, há uma completa ausência de luz, logo, preto.
Para criar o branco, seria o oposto: 255, 255, 255 — o valor mais alto possível de cada cor, o que significa que as luzes vermelha, verde e azul são 100% brilhantes, resultando na presença máxima de luz, logo, branca.
Uma cor também é frequentemente representada em números hexadecimais, identificada pelo prefixo “#” em programas de edição de imagens. Neste caso, o valor mais escuro de vermelho, verde e azul começa em 00 e o mais claro por FF. Sendo assim, o preto seria #000000 (ausência completa de cores) e o branco #FFFFFF (soma dos valores máximos das cores RGB).
O termo CMYK corresponde às iniciais das cores “Cian” (ciano), “Magenta”, “Yellow” (amarelo) e “K” (vem de “Key”, e refere-se ao preto) — não se usa o “B” para “Black”, para não confundir com “Blue”. Esse sistema é usado pelas impressoras domésticas e que utilizam a técnica de offset.
O CMYK é um sistema de cores subtrativas, não aditivas. Isto é, misturar cores no modo CMYK tem o efeito oposto do resultado RGB; quanto mais cor adicionada, mais escuros os resultados. Portanto, as cores são removidas ou subtraídas para criar um resultado claro.
As cores neste sistema estão relacionadas à absorção de luz. O que vemos, são as cores refletidas (não absorvidas) pela superfície que recebe a impressão. Ciano, magenta e amarela atuam como filtros, absorvendo comprimentos de onda específicos:
A mistura dessas cores permite a produção do vermelho, verde e azul:
O pigmento preto é incluso junto às três cores primárias porque a mistura de ciano, magenta e amarelo (todas as cores mais claras) não pode criar uma cor preta totalmente pura.
Além disso, adicionar tinta preta é mais barato do que gastar mais pigmento magenta, ciano e amarelo para produzi-lo durante a impressão.
O padrão CMYK, também chamado de quadricomia, consegue exibir a maioria das cores do espectro visível, mas é limitado ao processo de combinação das quatro cores. Desse modo, pode haver limitações na hora de reproduzir tons criados em outros padrões, como o RGB.
Outros padrões de impressão visam ampliar o espectro cromático, mas são opções mais caras. É o caso do sistema Pantone, que entrega maior precisão de cores, com tons mais próximos do que conseguimos ver em imagens digitais.
Nosso comparativo mostra em detalhes mas diferenças entre o RGB, CMYK e Pantone.