Diablo Immortal – Testamos o alfa técnico e o game surpreendeu

Com gameplay bem responsivo, alfa de Diablo Immortal segue a receita de Diablo III com algumas novidades

Vivi Werneck
• Atualizado há 8 meses
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Diablo Immortal (Imagem: Divulgação/Blizzard)

Desde a BlizzCon 2018 não se viam muitos detalhes sobre Diablo Immortal, o primeiro jogo mobile da franquia demoníaca da Blizzard. Inclusive, a recepção inicial do game não foi a mais calorosa, na época. O Tecnoblog teve acesso ao alfa técnico público limitado do jogo e o que pode ser visto até agora agradou bastante e promete cair no gosto até mesmo dos que estavam céticos em relação à produção.

Diablo Immortal ainda não tem data de lançamento definida, mas o game será gratuito para jogar e com compras opcionais no aplicativo. Dentre os itens que poderão ser comprados estão: equipamentos, recursos, classes, histórias e novas áreas para explorar. A Blizzard afirma que estas possibilidades de compra são um bônus e que a experiência básica do game (matar monstros e conseguir equipamentos) sempre será gratuita.

Haverá um mercado interno também, mas a desenvolvedora já adiantou que não será nada parecido com a infame casa de leilões, que foi desativada em Diablo III, ou seja, não terá dinheiro real envolvido. Este mercado (para itens adicionais e gemas lendárias) irá conectar compradores e vendedores anônimos, sem permitir a obtenção de dinheiro.

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Diablo Immortal – Alfa técnico (Imagem: Vivi Werneck/Tecnoblog)

Quase um Diablo III versão de bolso

A história de Diablo Immortal se passa entre o final de Diablo II: Lord of Destruction e antes de Diablo III. Após a destruição da Pedra do Mundo, Santuário se vê novamente em meio ao caos quando várias forças malignas começam a coletar e explorar os fragmentos deste artefato. Inclusive, não sei como ainda tem gente que vive neste lugar, já que tudo de ruim parece acontecer por lá. De “santuário” só o nome mesmo.

Esses fragmentos foram espalhados pela região por conta do arcanjo Tyrael, que num momento de desespero, destruiu a Pedra do Mundo corrompida. O que ele achou que seria a solução para os problemas de todos, na verdade só ajudou a espalhar ainda mais rápido a maldição do artefato.

Agora, novos heróis terão a missão de caçar e recuperar estes fragmentos, contando com a ajuda do velhinho mais fofo da franquia, o sábio e último Horadrim, Deckard Cain. Óbvio que a jornada não será fácil e os aventureiros terão que enfrentar inimigos, como: o Rei Esqueleto (sim, ressuscitaram ele de novo) e sua Rainha, cultistas que veneram a Condessa sanguinária e renegados corrompidos, antes liderados por Akarat. O necromante Xul, um sacerdote de Rathma, também fará uma aparição ao longo da história principal.

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Diablo Immortal – Alfa técnico (Imagem: Vivi Werneck/Tecnoblog)

Atividades extras, eventos, fendas e masmorras

Diablo Immortal não se resume apenas à história principal. Em se tratando de um RPG online, onde você pode formar equipes e participar de guildas para missões em grupo – por exemplo, várias outras atividades estarão disponíveis no lançamento e algumas já puderam ser testadas no alfa, como: eventos para matar um alvo específico ou inimigos de elite, explorar masmorras e fazer missões secundárias.

O esquema das masmorras deve soar bem familiar para os jogadores de MMORPG. Inclusive, explorá-las (e terminá-las) vão te ajudar a obter itens de saque (que apesar de serem aleatórios costumam ser bons), conhecimento e ainda avançar na história principal. O jogador pode encarar o desafio solo ou em grupo, mas terá de 10 a 15 minutos para chegar até o final.

As Fendas Anciãs, antigas conhecidas dos jogadores de Diablo III, estão de volta em Immortal e fazem parte de um dos modos finais do game. Assim como em D3, os mapas também são gerados aleatoriamente e os monstros enfrentados variam de dificuldade, mas o desafio é sempre presente. Assim como nas masmorras, também há um tempo limite para completar uma fenda e os prêmios costumam valer a pena.

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Diablo Immortal – Alfa técnico (Imagem: Vivi Werneck/Tecnoblog)

Classes e habilidades

No alfa técnico é possível jogar com até quatro classes: Bárbaro, Caçador de Demônios, Monge e Arcanista. Em todas as classes há as opções de personagem masculino ou feminino e uma leve customização facial. O jogo final terá mais duas classes jogáveis, Cruzado e Necromante, totalizando seis opções disponíveis.

Assim como em qualquer outro game da série Diablo, cada classe tem ataques básicos e habilidades específicas e, no caso de Immortal, também é possível carregar um medidor para uma habilidade suprema por um curto espaço de tempo. Esse carregamento é feito conforme você mata inimigos.

Além das habilidades que irá desbloquear conforme subir de nível, também é possível investir em níveis de excelência, que continuarão a aumentar o poder do seu herói após o nível máximo. O modo Paragon, que surgiu em Diablo III, também faz parte de Immortal com uma novidade: há agora 10 árvores de talentos de excelência. No alfa, quatro estavam disponíveis.

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Diablo Immortal – Alfa técnico (Imagem: Vivi Werneck/Tecnoblog)

Estabilidade do gameplay e consumo de bateria

Por se tratar de uma versão de testes, o esperado (e até aceitável) é que o jogo possa apresentar muitos bugs, instabilidade do servidor (tratando-se de um jogo que necessita de conexão constante com a internet) e problemas de desempenho. No caso de Diablo Immortal, a única coisa que realmente me impedia de jogar por várias horas seguidas era o consumo da bateria do celular e o aparelho esquentando além do normal (a ponto de incomodar ao toque).

Testei este alfa num Samsung Galaxy S10+ (com pouco mais de 1 ano de uso), devidamente atualizado e na configuração Alta do game. Para se ter uma ideia, começando a jogar com a bateria a 100%, por cerca de 1h30, e num quarto com ar-condicionado a 24°C, o game consumiu quase 30% da bateria e o aparelho esquentou um bocado. Foram necessárias algumas pausas intercaladas, para o smartphone esfriar, a cada uma ou duas horas de gameplay.

E por falar em jogabilidade, e principalmente sendo eu uma pessoa que não gosta muito de jogar RPG de ação diretamente na tela de toque, Diablo Immortal é bem responsivo ao toque. Não tive problemas de atrasos nas ações feitas, mesmo em momentos de caos com vários inimigos na tela. Para um estilo de jogo que pede tomada de decisões rápidas em combate, qualquer demora a mais nesse aspecto pode significar a morte do seu personagem.

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Diablo Immortal – Alfa técnico (Imagem: Vivi Werneck/Tecnoblog)

Inclusive, os botões de ação com as suas habilidades ativas de combate ficam na parte inferior direita da tela em sistema de arco, para fácil acesso do polegar. Felizmente, eles não são grandes o suficiente para atrapalhar a visão do jogo ou pequenos demais para dedos maiores.

No entanto, o que me incomodou um pouco foi o excesso de informações de missões, atividades e etc na esquerda da tela, mesmo sendo possível minimizar ou ocultar algumas. Chega um momento em que o único lugar “limpo” e realmente visível do jogo é no meio do display. Sendo uma versão de testes, imagino que os desenvolvedores venham a melhorar a forma como dispõem essas informações para o jogador.

Visualmente, Immortal está bem bonito para um jogo mobile e estando ainda numa versão alfa. Realmente se assemelha muito com a estética de Diablo III. A semelhança também vale para a trilha sonora, narração e dublagem dos personagens.

Como participar dos testes e quais os pré-requisitos

Desde o último dia 18 de dezembro, um número limitado de usuários de Android na Austrália, que fizeram a inscrição antecipada para o alfa, e alguns convidados de outras regiões, já puderam fazer o download desta versão de testes.

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Diablo Immortal – Alfa técnico (Imagem: Vivi Werneck/Tecnoblog)

Ainda não há planos da Blizzard estender o alfa técnico para outros países, mas você já pode fazer o pré-registro aqui para quando estiver disponível.

O alfa técnico será compatível com aparelhos Apple e Android a partir das seguintes especificações:

Requisitos mínimos para Android

  • CPU: Snapdragon 710/Hisilicon Kirin 810 e superiores
  • GPU: Adreno 616/ARM Mali-G52 e superiores
  • RAM: mínimo de 2 GB de RAM
  • Versão: Android OS 5.0 (Lollipop) e posteriores

Requisitos mínimos para Apple

  • iPhone 8 e posteriores
  • Versão: iOS 12 e posteriores

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Vivi Werneck

Vivi Werneck

Ex-editora assistente

Vivi Werneck é especialista em games e trabalha no mundo tech há 15 anos. Em 2018, recebeu o Prêmio Comunique-se como melhor jornalista de tecnologia. Já escreveu para revistas de games pioneiras no Brasil, como EDGE, PlayStation Brasil e EGW. Também é veterana em eventos de jogos, como a BGS e E3 (inclusive, presencialmente). No Tecnoblog, foi editora-assistente entre 2018 e 2023.