Galaxy S7 e S7 Edge: corrigindo o que já era bom

Em vídeo: Samsung não traz nada realmente novo no Galaxy S7, mas isso não é um problema

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 mês
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Direto de Barcelona — A Samsung apresentou neste domingo (21) os smartphones Galaxy S7 e Galaxy S7 Edge, que trazem pequenos refinamentos em relação à geração anterior de flagships da marca. Com design familiar, eles trazem de volta a entrada para cartão de memória e proteção contra água — além de baterias maiores. Eu fui dar uma olhada de perto nos aparelhos.

Uma diferença em relação aos Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge está no tamanho dos displays. Na geração passada, os dois smartphones tinham o mesmo hardware e tamanho da tela; as curvaturas nas duas laterais eram a única coisa que realmente mudava. Agora, os aparelhos ganharam tamanhos diferentes: enquanto o Galaxy S7 possui tela de 5,1 polegadas, o Galaxy S7 Edge tem 5,5 polegadas. As resoluções continuam em 2560×1440 pixels.

Eis o vídeo com as minhas primeiras impressões:

O Galaxy S6 é um dos melhores smartphones do mercado, minha opção preferida entre os topos de linha com Android. Para mim, a sexta geração do Galaxy S foi a “virada de chave” na Samsung: ele marcou o momento em que a sul-coreana deixou de economizar em design (era difícil engolir o acabamento de plástico dos antigos), ultrapassou todas as concorrentes em câmeras e melhorou significativamente o software, ponto frequente de reclamações dos críticos da TouchWiz.

Sendo assim, o Galaxy S7 também será um dos melhores do mercado. A atualização da Samsung foi muito previsível: não há nada realmente inovador ou muito diferente da geração anterior, e isso não é um ponto negativo. A empresa ouviu as principais críticas dos usuários avançados: a entrada para cartão microSD voltou, a carcaça ganhou proteção IP68 para submersão na água e a capacidade da bateria aumentou: foi para 3.000 mAh no Galaxy S7 e generosos 3.600 mAh no Edge.

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Claro que é impossível fazer uma boa análise da câmera no lançamento, mas a Samsung me causou ótima impressão ao diminuir a resolução do sensor traseiro, de 16 MP para 12 MP, com o objetivo de aumentar a qualidade das fotos. Dou um sorriso quando uma empresa foge do marketing barato dos milhões de pixels para tornar o componente melhor na prática. O Galaxy S6 tinha a melhor câmera que já testei no mundo Android, e o Galaxy S7 tem potencial para manter o posto, com a nova lente f/1,7.

No que o Galaxy S6 era bom? Câmera, acabamento, processador e tela. Tudo isso foi mantido ou ligeiramente aprimorado. No que o Galaxy S6 pecava? Bateria, falta de expansão de armazenamento e proteção contra água. Os dois últimos problemas foram resolvidos, e a bateria teve uma boa melhora na capacidade, ao custo de 1 mm a mais de espessura. Ninguém chiou por causa de 1 mm de espessura, simplesmente porque ninguém consegue perceber que o Galaxy S7 está mais espesso (oi, Apple!).

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Galaxy S7 e Galaxy S7 Edge têm processador octa-core ou quad-core (dependendo do mercado), 4 GB de RAM e modelos com 32 GB ou 64 GB de armazenamento interno. Eles chegam ao Brasil em algum momento próximo do lançamento mundial, que acontece em abril — e a Samsung normalmente é rápida em trazer seus topos de linha ao país. O preço ainda não foi definido.

Paulo Higa viajou para Barcelona a convite da Intel.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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