Amazon Alexa ganha opção para impedir que humanos ouçam gravações

A Amazon liberou a opção de privacidade na Alexa após a revelação sobre empregados pagos para ouvir gravações

Victor Hugo Silva
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Amazon Echo

A resposta parece ser óbvia, mas a Amazon passou a perguntar se usuários da Alexa querem ou não que humanos ouçam suas gravações. Agora, o aplicativo da assistente possui uma opção para quem quiser desabilitar a revisão de áudios por terceiros.

A informação é da Bloomberg, que revelou em abril a existência de milhares de empregados pagos para ouvir o que usuários diziam para a Alexa. Segundo a Amazon, eles ouvem e transcrevem as gravações para melhorar a assistente.

O problema é que, até então, a prática não havia sido revelada nos termos de uso. Apesar de a empresa dizer que apenas uma pequena fração das gravações é analisada, seus funcionários acabam tendo acesso a dados pessoais como nome e localização dos usuários.

A Amazon afirma que, caso a nova opção esteja habilitada, “suas gravações de voz poderão ser usadas para desenvolver novos recursos e revisadas manualmente para ajudar a melhorar nossos serviços”. A companhia também atualizou o aplicativo da Alexa para avisar que outras pessoas podem ouvir as gravações.

“Levamos a privacidade do cliente a sério e continuamente revisamos nossas práticas e procedimentos”, disse uma porta-voz da Amazon à Bloomberg. A revisão de gravações por seres humanos também era adotada na Apple e no Google e foi suspensa nas duas empresas.

Assim como a Amazon, elas contavam com funcionários para tornar seus assistentes mais precisos no reconhecimento de voz. A Apple afirma que revisava 1% das gravações e prometeu suspender a análise por humanos até que seja feita uma revisão completa do programa. O Google, que afirma fazer trancrições de 0,2% das gravações, deverá manter a suspensão por três meses.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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