O Android possui código aberto e pode ser utilizado por qualquer empresa, mas o Google tem alguns requerimentos para liberar a Play Store e aplicativos como Gmail e YouTube: uma das regras diz que, após o dia 31 de janeiro de 2020, serão autorizados somente dispositivos com Android 10, não com Android 9 Pie. Além disso, o Google exige o Bem-estar Digital e compatibilidade com o padrão de carregamento Power Delivery via porta USB-C.
O XDA Developers obteve a versão mais recente dos requerimentos do GMS (Google Mobile Services), que as fabricantes precisam obedecer para incluírem a Play Store e o Play Services em seus produtos.
No documento, o Google diz que deixará de aprovar dispositivos com Android 9 Pie após 31 de janeiro de 2020. A partir dessa data, apenas o Android 10 será aceito em novos smartphones e tablets.
E quanto a dispositivos já lançados? Neste caso, o prazo é mais longo: o Google vai autorizar a atualização para o Android 9 Pie até o lançamento do Android 11 R, que deve ocorrer em agosto de 2020. Depois disso, a fabricante terá que pular direto para uma versão mais recente (como o Android 10) ou fornecer somente patches de segurança.
Além disso, o Google exige que todo dispositivo lançado após 3 de setembro de 2019 tenha um recurso de Bem-estar Digital, seja o padrão do Android ou uma solução personalizada. É essencial haver um painel com o tempo de uso de cada aplicativo, a possibilidade de definir timers para apps, e algo semelhante ao Relaxar (que ativa o modo não perturbe em horários específicos).
Esta regra contempla novos celulares e tablets lançados com Android 9 Pie ou Android 10, além de dispositivos que forem atualizados para uma dessas versões após 3 de setembro.
Google tem regra para dispositivos com porta USB-C
Por fim, o Google está criando uma nova exigência: todo dispositivo com porta USB-C deverá ser compatível com o padrão de carregamento rápido USB-C PD (Power Delivery). Essa tecnologia é capaz de fornecer até 100 W de potência, mas vem sendo deixada de lado por algumas fabricantes, que preferem adotar soluções proprietárias.
O Android Authority fez o teste e descobriu, por exemplo, que o OnePlus 6T chega a 15,54 W com o carregador que vem na caixa, e a apenas 7,23 W com um carregador USB-C PD. O LG V30 atinge quase 15 W com o acessório proprietário, e somente 4,89 W com um cabo e conector que atende aos padrões do Power Delivery.
Agora, um dos requerimentos do GMS diz o seguinte:
Novos DISPOSITIVOS lançados de 2019 em diante com porta USB Type-C DEVERÃO garantir interoperabilidade completa com carregadores que são compatíveis com as especificações USB e que tenham o conector USB Type-C.
Vale notar que dispositivos Android com microUSB ainda poderão ser lançados, e não precisarão ser compatíveis com o USB PD. Provavelmente veremos o efeito dessas novas regras nos celulares e tablets lançados em 2020.
Com informações: XDA Developers, (2), (3).
Comentários
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Acho que vai complicar mais para as chinesas do que para a Samsung.
E a Samsung está olhando até para os J Core, e não apenas os flagships.
Vendo a tabela do XDA, percebe-se que teve versões do Android anteriores que ela pegou até mais pesado que o atual.
E isso, por si só, não impede aparelhos lançados com Android 9 até 31 de Janeiro de 2020 ficarem nessa versão, mesmo (embora, não sendo Android Go, a tendência é que já entreguem, pelo menos, o Android 10 via atualização).
Não necessariamente.
Vai ter aparelho registrado até o final de Janeiro que pode dar as caras apenas no 2º trimestre, ainda com Android 9.
Mas já tinha sido dito que as especificações do Surface Duo poderiam mudar até o lançamento oficial, que será lá pelo final de 2020.
O que inclui a versão do Android embarcada.
Foda do Android é que os caras não consertam nunca o DHCPv6 desse negócio.
Isso aí não vai complicar aquele novo device dobrável anunciado pela Microsoft pro ano que vem? Se não me engano a matéria sobre ele dizia que o sistema é baseado no Android 9 🤔
Só a parte do USB-PD tipo C já fará as pessoas adorarem o google.
Pois é, sacanagem da Samsung em não atualizar mais o S8 apesar que o aparelho dá conta do recado muito bem.
Bom começo mas deveriam pegar mais pesado...
Exigir por exemplo atualização de ao menos 2 versões independente do aparelho + 1 ano de update de pacote de segurança.
Vai ver se a fragmentação não diminuiria...
Finalmente Android atualizado e carregamento turbo padrão.
Finalmente facilitando o fim da velha historia de "não é culpa do google que o android é fragmentado, e sim de todos os outros"
Demorou anos. Mas OK, poderia nunca acontecer.