Dá para usar SmartTag no iPhone e AirTag no Android?

Seria bom misturar os dois ecossistemas e usar o AirTag com um Android ou a SmartTag em um iPhone, mas ainda não é possível

Lucas Lima
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• Atualizado há 1 ano e 2 meses
AirTag (Imagem: Divulgação/Apple)
AirTag (Imagem: Divulgação/Apple)

A resposta direta é não. Não é possível usar o AirTag, da Apple, com um celular Android, da mesma forma que não dá para usar uma Galaxy SmartTag, da Samsung, com um iPhone. Apesar de terem a mesma função, os dois acessórios para rastrear objetos funcionam de forma diferente.

AirTag com Android ou SmartTag com iPhone, por que não?

Desconsiderando o argumento de que são duas empresas concorrentes, que procuram favorecer o próprio ecossistema, há limitações técnicas dos próprios sistemas que impedem que o AirTag ou Galaxy SmartTag seja rastreado por aparelhos não compatíveis com eles.

O que ocorre é o seguinte: no AirTag, a Apple faz uso da rede Buscar (do app Find My) para enviar sinais Bluetooth entre os aparelhos que fazem parte dessa mesma rede — iPhone, iPad, Macbook, iMac, Apple Watch —, sejam eles do mesmo proprietário ou não.

Portanto, a comunicação é criptografada e feita dessa forma: aparelhos da Apple conversam com aparelhos da Apple, até o sinal chegar no usuário que perdeu o AirTag.

Samsung Galaxy SmartTag (Imagem: Divulgação/Samsung)
Samsung Galaxy SmartTag (Imagem: Divulgação/Samsung)

O Galaxy SmartTag também funciona dessa forma, mas com aparelhos Galaxy com Android 8 ou superior (celulares e tablets) — nem mesmo em um Android de outra fabricante funcionará.

Ainda que o aplicativo SmartThings possa ser baixado em um smartphone de outra marca, a rede Galaxy Find é restrita à linha Galaxy. Entenda o funcionamento aqui:

Pensando no quesito segurança, faz sentido manter essa “conversa” entre dispositivos isolada, apenas aqueles que foram projetados pela mesma empresa podem receber e espalhar os sinais Bluetooth — anonimizando as informações compartilhadas.

Poderia ser diferente?

Claro, assim como houve a parceria entre Google e Apple para a notificação de exposição à COVID-19, poderia haver uma colaboração entre as fabricantes para criar um sistema de comunicação único, que funcionasse em qualquer sistema operacional.

Notificação de Exposição Expressa (Imagem: Divulgação/Google/Apple)
Notificação de Exposição Expressa (Imagem: Divulgação/Google/Apple)

No caso da parceria para a notificação de exposição da COVID-19, as empresas trabalharam em uma API para o Android e iOS que também compartilhava, de forma anônima, dados sobre o contágio do novo coronavírus, usando o Bluetooth.

Essa API era responsável por notificar usuários, pelo smartphone, a respeito da exposição ao vírus, caso eles ficassem próximos de pessoas que tinham a COVID-19.

Tudo bem que, no exemplo acima, trata-se de uma medida em que a tecnologia é usada para tentar conter a disseminação de uma pandemia. É diferente da proposta dos acessórios rastreadores de objetos perdidos. Contudo, o argumento é válido: se houver colaboração, dá para fazer funcionar.

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Lucas Lima

Lucas Lima

Editor-assistente

Lucas Lima trabalha no Tecnoblog desde 2019 cobrindo software, hardware e serviços. Pós-graduando em Data Science, formou-se em Jornalismo em 2018 e concluiu o técnico em Informática em 2014, mas respira tecnologia desde 2006, quando ganhou o primeiro computador e varava noites abrindo janelas do Windows XP. Teve experiências com comunicação no poder público e no setor de educação musical antes de atuar na estratégia de conteúdo e SEO do TB.

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