Microsoft amplia serviços em nuvem e reduz latência em 90% no Brasil

Concorrência de serviços em nuvem está acirrada no Brasil; no último ano, Microsoft expandiu capacidade do Azure em três vezes

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 6 meses
Escritório da Microsoft (imagem: Dion Hinchcliffe/Flickr)
Escritório da Microsoft (imagem: Dion Hinchcliffe/Flickr)

É difícil para quem não é da área perceber, mas o Brasil se tornou um mercado bastante disputado em serviços nas nuvens. É por essa razão que os principais nomes do setor investem cada vez mais em infraestrutura direcionada ao país. É o caso da Microsoft, cujo plano de ampliação já permite que clientes Azure encontrem uma latência 90% menor na plataforma.

O que é latência e por que isso é importante?

Não é difícil entender o significado de latência. Essa palavra descreve, basicamente, o tempo que uma informação leva para ser transmitida de um ponto a outro, por exemplo, de um servidor da plataforma Azure ao computador do usuário de uma aplicação hospedada ali. Quanto menor for esse intervalo de tempo, mais rápida é a resposta às demandas do cliente.

É por isso que a latência é um aspecto tão importante. Via de regra, quanto menor o tempo registrado nesse parâmetro, mais rápida é a aplicação. O problema é que a latência sofre influência de vários aspectos, razão pela otimizar esse parâmetro costuma ser uma tarefa complexa.

Um desses aspectos é a localização geográfica. Se uma estrutura de nuvem estiver hospedada em um datacenter nos Estados Unidos, por exemplo, a latência para um usuário da Califórnia tende a ser muito menor em relação a uma pessoa que acessa a mesma aplicação em São Paulo.

Microsoft Mais Brasil

Em outubro de 2020, o Microsoft Mais Brasil foi anunciado. Esse é um plano que a companhia elaborou para, entre outros objetivos, ampliar a oferta de serviços nas nuvens para clientes brasileiros.

De acordo a própria Microsoft, são os investimentos necessários para isso que permitem a esses clientes experimentar uma latência reduzida em 90% no Azure. Além disso, a capacidade da plataforma no Brasil foi expandida em mais de três vezes no primeiro ano da iniciativa.

Os avanços incluem a implementação de uma região do Azure no país exclusiva para cenários de recuperação de desastres, além da inclusão de zonas de disponibilidade na região que já existia no Brasil. Essas zonas consistem em datacenters isolados que contam com energia, resfriamento e redes independentes.

Região e zonas no Azure (imagem: reprodução/Microsoft)
Região e zonas no Azure (imagem: reprodução/Microsoft)

Concorrência forte em serviços nas nuvens

A Microsoft tem uma boa razão para expandir seus serviços nas nuvens no Brasil: a concorrência no país é forte e, com efeito, os rivais também investem em infraestrutura.

O Google Cloud, por exemplo, que já tem um cabo submarino conectando o Brasil à Argentina, vai ser beneficiado com um novo cabo que partirá da costa leste dos Estados Unidos. Tudo isso em nome do desempenho.

Outro exemplo, talvez o mais notável, é o Amazon Web Services (AWS), que completou dez anos de Brasil em 2021. A plataforma tem bastante demanda no país, tanto que, no ano passado, começou a aceitar pagamento em reais (Google Cloud e Microsoft Azure já aceitavam a moeda brasileira, só para constar).

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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