Julian Assange consegue asilo político no Equador
WikiLeaks se recupera de um ataque que deixou o site fora do ar por uma semana.
WikiLeaks se recupera de um ataque que deixou o site fora do ar por uma semana.
Em maio o ativista politico e fundador do WikiLeaks Julian Assange foi condenado à extradição para a Suécia pela justiça britânica. Embora ele pudesse ter apelado da decisão, Assange decidiu procurar asilo na embaixada do Equador no Reino Unido. Hoje, pouco mais de dois meses desde que o ativista se refugiou no local, o governo do país oficialmente concedeu asilo político ao ativista.
Em vista disso, a situação diplomática (como já era previsto) não é das melhores. Como o Reino Unido não pode entrar na embaixada do Equador por causa da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (obrigado, Matias!), eles não podem prender Assange e extraditá-lo. Mas parece que o governo britânico encontrou um meio. Um porta-voz disse que há uma lei chamada Diplomatic and Consular Premises de 1987 que garante poder a policiais para entrar no território. Essa ação, no entanto, ainda não aconteceu.
Em uma declaração para a imprensa, o WikiLeaks repudiou a decisão do governo do Reino Unido de cercar a embaixada com força policial, para prender Assange assim que ele tentar sair em direção ao aeroporto e, depois, para o Equador. A organização disse ainda que “uma ameaça dessa natureza é um ato extremo e hostil […] e um ataque sem precedentes aos direitos de quem busca asilo ao redor do mundo”.
Em meio ao problema diplomático de seu fundador, o WikiLeaks.org, site onde estão publicadas todas as informações que foram vazadas por Assange, sofreu um ataque DDoS que o deixou indisponível por pelo menos uma semana. Isso aconteceu pouco depois da liberação de mensagens envolvendo a empresa de software de monitoramento Trapwire, em que eles diziam que coletavam dados de câmeras de vigilância, então o timing foi bem curioso.
Segundo o próprio WikiLeaks, o site chegou a enfrentar picos de até 10 Gigabits por segundo de tráfego durante os ataques. E pouco depois de começar, um grupo chamado Anti Leaks assumiu a autoria da ação dizendo também tirou do ar o site do governo do Equador. Na manhã dessa terça-feira (14) o site já estava de volta ao ar.
Se for preso e extraditado para a Suécia, Assange vai ser então extraditado para os EUA onde deve ser acusado de crimes envolvendo espionagem, por ter publicado vários documentos confidenciais do governo americano.