Eis o possível motivo pelo qual a bateria do Galaxy Note 7 pegava fogo

Diego Melo
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• Atualizado há 3 meses

Um erro de engenharia considerado “primário” pode ter sido a causa dos incêndios do Galaxy Note 7. É o que concluiu o relatório da empresa de engenharia industrial Instrumental. O problema pode ter gerado um custo de mais de US$ 20 bilhões à Samsung, e acarretou na descontinuação do produto.

Os engenheiros da Instrumental conseguiram “dissecar” um dos poucos Galaxy Note 7 ainda disponíveis no mercado (mantendo um extintor por perto, é claro), e perceberam que não havia espaço suficiente para a bateria funcionar com segurança.

Segundo o relatório, a decisão “super agressiva” da Samsung de maximizar o desempenho do aparelho sem abrir mão de um design extremamente fino fez com que não houvesse o espaço recomendado de aproximadamente 10% entre a carcaça e a bateria. No Galaxy Note 7, essa “folga” deveria ser de 0,5 mm. Os engenheiros descobriram que ela simplesmente não existia.

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Quando carregadas, as baterias “incham” um pouco, e ainda sofrem com pressões externas do uso diário, quando o smartphone é colocado no bolso, por exemplo. Os engenheiros concluíram que, devido à falta das margens de segurança, essas situações podem ter feito com que componentes internos da bateria, que não deveriam se tocar, se tocassem, provocando faiscas, aquecimentos e, consequentemente (em alguns casos), explosões. “Isto quebra uma regra tão básica que deve ter sido intencional”, afirma o relatório. O texto completo pode ser conferido no blog da empresa.

Apesar das críticas positivas, a Samsung não conseguiu manter o Galaxy Note 7 no mercado após os inúmeros relatos de explosões e de aparelhos pegando fogo. Mesmo assim, o problema parece não ter afetado a confiança dos consumidores na marca.

Com informações: Digital Trends

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