Na próxima vez que você estiver precisado de baixar algum vídeo hospedado pelo YouTube, não vá direto para o site TubeFire. Ele foi tirado do ar pela sua empresa controladora, a japonesa Music Gate, depois que 25 gravadoras pediram o fígado dos responsáveis pelo site em uma corte distrital do Japão. Sony, EMI, Warner e Universal estão metidas em mais um processo relacionado com pirataria.
As gravadoras se associaram no Japão por meio da RIAJ, a equivalente local da nossa tão querida RIAA, e entraram com uma ação contra o TubeFire — do qual eu confesso nunca ter ouvido falar, mas parece que um site importante dessa categoria. Elas calculam que 10 mil downloads de clipes de músicas foram feitos a partir do site somente entre maio e junho desse ano.
Tendo em vista o volume da pirataria, a RIAJ pede nada menos que 3 milhões de dólares (quase R$ 5 milhões). Dizem as gravadoras que esse é o valor que elas deixaram de ganhar com licenças de música porque os downloads foram feitos gratuitamente.
Deixaram mesmo? Ninguém garante que os internautas teriam concordado em pagar pela música caso ela estivesse disponível de graça na rede (ainda que de forma ilícita). Esse é um argumento falho que as empresas adoram usar quando falam de pirataria: o quanto em tese deixaram de ganhar.
Por enquanto o TubeFire está indisponível. O site foi fechado e exibe uma mensagem de que suas operações terminaram. A Music Gate explica que preferiu desativá-lo para evitar maiores problemas no futuro. Vão deixar assim por enquanto, até que a batalha judicial aconteça e eles descubram se podem continuar operando ou não.
A uma busca do Google de distância, milhares de serviços de download de vídeos do YouTube já esperam receber usuários que originalmente iriam para o TubeFire. Sem falar nos aplicativos que, uma vez instalados no computador, fazem o download e convertem os vídeos nos mais variados tipos de arquivos.