A internet virou um lugar mais escuro nessa quarta-feira quando diversas empresas ligadas à web decidiram protestar contra as propostas de lei SOPA e PIPA, que transitam no congresso americano há algum tempo. A ideia geral era de fazer um blackout, desativando qualquer funcionalidade nos seus sites. Mas alguns dos serviços não podem se dar ao luxo de sair do ar por muito tempo, então as formas de protesto variaram bastante. Veja abaixo alguns dos principais.

Google

A gigante da web não quis (e nem pode) desativar seu mecanismo de busca, mas a página inicial tem um link com os dizeres “Diga ao congresso: Por favor não censure a web!” e leva a uma landing page que mostra uma descrição do que as leis podem causar e permite deixar a assinatura numa petição online.

Wikipedia

Quem tentar visitar a Wikipedia em inglês hoje vai dar de cara com uma página preta acima. Para os deseperados que realmente precisam acessar alguma informação nela, o leitor Wendely Leal tem uma solução chamada Light Wikipedia que tira essa camada do blackout.

Reddit

Como prometido, o site saiu do ar e impossibilitou seus usuários cadastrados de enviarem notícias. Assim como os demais, ele exibe um aviso do porquê do protesto, mostra links para dados sobre as leis e oferece um link para uma petição online que os americanos podem assinar e manifestar sua posição contra as propostas.

BoingBoing

No lugar da sua página inicial com posts envolvendo tecnologia e cybercultura em geral, o blog BoingBoing exibe um aviso de erro 503. Esse é o método recomendado por um funcionário do Google para que bloggers que não sofram tanta penalização pelo robô indexador do Google. Há detalhes de como ela funciona e como implementá-la no final desse texto.

Flickr

O caso do Flickr é um pouco diferente, eles não planejam deixar a página escura ou sair do ar. Mas usuários do Flickr podem escurecer fotos uns dos outros durante 24 como forma de protesto. Nas fotos em que isso for feito, será colocado um aviso de que um usuário decidiu escurecer a foto e o por quê. Um link no final desse aviso permite que a foto seja visualizada normalmente e outro permite que os usuários desativem o escurecimento de fotos.

XDA-Developers

O site mais usado por desenvolvedores de aplicativos para plataformas móveis também se uniu ao protesto. Mas fez algo também diferente: disponibilizou uma petição online que, ao receber 50 mil assinaturas, vai reativar o site automaticamente. É uma maneira interessante de protestar, e provavelmente bem eficiente para conseguir assinaturas e apoio contra as leis.

The Oatmeal

Famoso site de quadrinhos, The Oatmeal não perdeu a chance de fazer algo significativo para o dia. O site exibe um gif bem-humorado (possivelmente NSFW, esteja avisado) dizendo o que poderá acontecer caso as leis sejam aprovadas.

Também participam do blackout, cada um da sua maneira, o site de hospedagem de fotos Twitpic, a Mozilla, a revista Wired, e o famoso fórum 4chan. O Facebook e o Twitter já se posicionaram contra ambas, mas nenhum dos dois planejou algum protesto para o dia.

Entre no protesto

Caso você seja dono de um site e quer manifestar seu repúdio à SOPA e a PIPA, existem várias maneiras de fazer isso. Se você tem um blog em Wordpress, existem diversos plugins com esse propósito. Também há um código disponível no site SopaStrike. para quem não tem uma página em wordpress. Se você tem acesso ao servidor e souber o que está fazendo, o funcionário do Google Pierre Far sugere que você implememente o HTTP Status 503, como fez o BoingBoing. Nesse post do Google+ ele explica o motivo.

Como o mundo da tecnologia não para (e alguém tem que noticiar os protestos), o Tecnoblog não vai sair do ar hoje. Mas eu posso dizer que sou contra a lei no formato em que ela se encontra.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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