Qualcomm perde espaço para Intel e Toshiba e fica de fora do iPhone

Em disputa judicial com a Apple, a Qualcomm não forneceu peças para o iPhone XS e o iPhone XS Max

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

Com o lançamento dos novos modelos do iPhone, começam a surgir mais infomações sobre as peças usadas pela Apple. Uma das principais diferenças em relação ao modelo anterior é a ausência de peças da Qualcomm.

Segundo análises do iFixit e do TechInsights, que desmontaram o iPhone XS e o iPhone XS Max, a empresa perdeu espaço para a concorrência. Os dois celulares passaram a usar modem da Intel, assim como a própria Qualcomm já havia adiantado em julho.

Além disso, eles contam chips de memória DRAM e NAND da Toshiba e da Micron Technology. O iPhone XS Max, por sua vez, usa chips NAND da SanDisk. Em modelos mais antigos, essas peças eram fabricadas pela Samsung.

A gigante sul-coreana também perdeu espaço como a única fornecedora de telas OLED para os celulares da Apple. De acordo com o site coreano ETNews, a LG passou a atuar como a fabricante secundária das telas do iPhone XS e iPhone XS Max.

A situação da Qualcomm parece ser um pouco mais complicada. Como lembra a Reuters, a empresa mantém desde 2017 uma disputa judicial com a Apple com acusações de ambos os lados. Enquanto a dona do iPhone diz que a cobrança por royalties foi abusiva, a fabricante de chips acusa a Apple de fazer chantagem.

A verdade é que a ausência de peças no iPhone é uma perda enorme para a Qualcomm. Ao fim do ano passado, uma estimativa da Bloomberg apontava que a disputa poderia causar uma queda de 7,5% na receita da companhia.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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