Google transforma celulares Android em rede de detecção de terremotos

Recurso pretende identificar tremores e enviar alertas para usuários ao redor do mundo, “na velocidade da luz”

Ana Marques
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• Atualizado há 1 ano

O Google anunciou, nesta terça (11), os primeiros passos para a criação de uma rede de detecção de terremotos por meio de celulares com Android. A ferramenta utiliza o acelerômetro do smartphone para identificar tremores, e poderá emitir alertas para auxiliar em medidas emergenciais ao redor do mundo.

Celular Android

O projeto de alertas entra em vigor primeiramente na Califórnia, onde já existe uma rede terrestre de sismômetros com mais de 700 medidores instalados. Por lá, o Google conta com o sistema ShakeAlert, que utiliza os sinais coletados desses aparelhos para enviar avisos a smartphones.

De acordo com a empresa, a ideia é “correr na velocidade da luz” para notificar usuários sobre os terremotos antes que eles cheguem efetivamente. Em situações de abalos sísmicos, alguns segundos de antecipação podem ser cruciais para evitar fatalidades.

A rede colaborativa tende a ser ainda mais importante em locais onde não há estruturas tão robustas quanto as do estado norte-americano – como na Indonésia, por exemplo. 

Nesses casos, os sinais são enviados diretamente dos celulares Android para os servidores do Google, junto a uma localização aproximada. Ao combinar as informações de diversos dispositivos, o servidor consegue identificar se há de fato um terremoto acontecendo.

É válido ressaltar que a eficácia desse tipo de sistema está sujeita ao número de pessoas que aceitam compartilhar tais dados com o Google, o que pode resultar em pouca precisão, especialmente em fases iniciais.

A previsão é de que os alertas cheguem a lugares fora da Califórnia no próximo ano, mas já é possível visualizar abalos sísmicos recentes pela Pesquisa Google – basta procurar pelo termo “terremoto” ou “terremoto perto de mim”.

Com informações: Google

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e escreve sobre tecnologia há 7 anos. Formada pela UFRJ, está na equipe do Tecnoblog desde 2020. Já passou pelo TechTudo (Globo) e pelo hub de conteúdo do Zoom, onde cobriu eventos nacionais e internacionais, analisando celulares, fones e outros eletrônicos. De 2019 a 2022, escreveu a coluna semanal "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Antes disso tudo, cursou Farmácia e fundou uma banda de rock.

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