Apple Music libera Dolby Atmos e permite ativar áudio lossless

Mesmo liberado, o lossless no Apple Music vem desativado por consumir aproximadamente 145 MB a cada três minutos de música

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Selo do Apple Digital Master (Imagem: Reprodução/Apple Music)
Áudio Lossless e Dolby Atmos no Apple Music (Imagem: reprodução/Apple Music)

Algumas horas após o final da apresentação principal da WWDC deste ano, que aconteceu de forma virtual, a empresa da maçã começou a liberar a chegada do áudio espacial para o Apple Music, junto da maior qualidade com o lossless. A novidade coloca nos fones de ouvido, ou em um sistema complexo em ambiente, a sensação de imersão muito maior para o assinante do serviço de streaming.

A tecnologia utilizada para o áudio espacial dentro do Apple Music foi criada com ajuda do Dolby Atmos. A ideia é exatamente a mesma já apresentada pela própria marca faz pouco tempo: os fones de ouvido utilizam seus sensores e outras partes do chip H1 ou W1 para trabalhar a forma como a música é reproduzida, emulando assim um sistema complexo com várias caixas de som espalhadas pelo ambiente. A sensação, segundo a empresa da maçã, é de maior identificação da origem do som que pode “vir” até mesmo de cima.

O áudio espacial com Dolby Atmos pode ser reproduzido em fones de ouvido da Apple e Beats com os chips já mencionados. Os alto-falantes integrados dos iPhones, iPads e Macs mais recentes também são compatíveis, mas o recurso é melhor aproveitado com os fones mesmo.

Outra novidade deste mesmo anúncio é a chegada do formato em altíssima qualidade, chamado de lossless, para o Apple Music e sem qualquer custo extra. O codec utilizado pela empresa da maçã para a reprodução é o ALAC (Apple Lossless Audio Codec), prometendo entregar exatamente a mesma qualidade de áudio que os artistas escutaram enquanto gravavam a canção em estúdio.

Este codec foi criado em 2004 e suporta até oito canais de áudio separados, com profundidade de 16, 20, 24 e 32 bits. A taxa máxima de amostragem é de 384 kHz e, mesmo com alguma compressão, ele não passa por nenhuma perda de dados – o que pode ser um problema para quem quer escutar em conexões por redes móveis.

Áudio Lossless e Dolby Atmos no Apple Music (Imagem: reprodução/Apple Music)

Áudio Lossless e Dolby Atmos no Apple Music (Imagem: reprodução/Apple Music)

Atualmente mais de 20 milhões de músicas já contam com suporte para a qualidade elevada e todo o catálogo do Apple Music estará pronto neste formato até o final deste ano, mas a parte triste é que o Bluetooth de todos os iPhones, iPads ou iPods Touch não é compatível com este codec, exigindo então um equipamento externo como um conversor digital para analógico (DAC) via USB.

Já para o áudio espacial, a quantidade de músicas compatíveis é bem menor. Para ajudar o usuário neste momento, o Apple Music conta com uma playlist agrupando essas canções e com algumas versões delas onde o som começa em apenas um canal, passa para estéreo e depois para áudio espacial.

Quanto custa o Apple Music com estes extras?

Diferente de concorrentes como Deezer HiFi, Amazon Music HD e Tidal HiFi, a versão lossless do Apple Music não tem qualquer custo extra. O Spotify já anunciou sua resposta para estes serviços, mas ainda não existe preço oficial para o Brasil. Vale lembrar que a disponibilidade do lossless e áudio espacial está acontecendo aos poucos e não depende do iOS 15.

Sem cobrar um valor extra, o Apple Music adiciona áudio lossless e Dolby Atmos, junto de áudio espacial, por R$ 16,90 mensais. Este custo é o mesmo do Spotify, Deezer ou Tidal, mas sem o conteúdo de maior qualidade.

Com informações: The Verge.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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